Lançada frente em defesa da comunidade GLBTT
Clique para ver a imagem " alt="O pastor Valério (4º da esq para dir) disse que o ensino religioso é fruto de uma contextualização. "Há pouco mais de cem anos, usava-se a bíblia para provar que os negros eram uma raça inferior" Clique para ver a imagem ">
Foi lançada ontem, 24/10, no parlamento paulista, a Frente em Defesa da Comunidade GLBTT, com a coordenação do deputado Carlos Giannazi (PSOL). A comunidade fez-se presente através de representantes de entidades, políticos, religiosos e simpatizantes do movimento. Na abertura, Gianazzi falou que essa frente é uma continuação de uma luta que começou na Câmara dos Vereadores de São Paulo, em 2001, e que sua preocupação atual é estender esse movimento para o âmbito estadual, no sentido de coibir ações de preconceito e discriminação.
O deputado falou que "São Paulo é um dos estados mais homofóbicos do Brasil, perdendo talvez para Pernambuco na violência cometida contra gays " cerca de 100 homossexuais são mortos anualmente em São Paulo de forma violenta " e que o preconceito permeia não só as diferentes camadas da sociedade, mas encontra abrigo também nesta Casa". Giannazi referia-se a o projeto de lei de autoria de Waldir Agnello (PTB), que visa revogar a lei estadual que pune estabelecimentos que cometem homofobia. Gianazzi citou ainda o e-mail que recebeu de um professor decepcionado com o deputado pela formação da frente e convidando-o a ler mais a bíblia que, segundo o professor, condena o homossexualismo. Gianazzi comentou que essa interpretação não é hegemônica e citou evangélicos que não são homofóbicos, como os da igreja do pastor Cristiano Valério, que compôs a mesa e se declarou contra a homofobia: "nem todos os líderes religiosos são homofóbicos".
O pastor Valério disse que as interpretações mudam com o decorrer do tempo, e que o ensino religioso é fruto de uma contextualização. "Há pouco mais de cem anos, usava-se a bíblia para provar que os negros eram uma raça inferior e que a escravidão foi estabelecida por Deus. A bíblia mudou de lá para cá? Não! Mas a sua interpretação mudou. Avanços científicos e mudanças sociais são alguns dos fatores que contribuem para a queda desses preconceitos. Esse trabalho que está sendo feito aqui também é um agente de transformação, daí a sua importância" enfatizou Cristiano.
Cássio Rodrigo, da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cades), da Prefeitura de São Paulo, falou da importância dos direitos humanos, não apenas dos direitos da minoria GLBTT, mas de uma maneira mais ampla, porque "é isso que vai consolidar a democracia e é dessa forma que a sociedade pretende se fortalecer como cidadão". Cássio convidou as entidades a fazerem contato com seus representantes na Assembléia para impedirem ações homofóbicas e falou que há no Senado Federal um PLC que criminaliza a homofobia em todo o território nacional. Cássio informou da assinatura de um convênio entre a Prefeitura, o Executivo Estadual e a Defensoria Pública que visa oferecer assistência jurídica gratuita àqueles que forem discriminados. Cássio terminou celebrando essa parceria e o lançamento da frente, dizendo que hoje foi um dia feliz.
Associando-se aos comentários e contando algumas experiências, o deputado Aloísio Vieira (PDT) associou-se à causa de combate à homofobia e lembrou que a Constituição garante a igualdade de todos perante a lei e que assinaria qualquer outra frente que fosse contra a discriminação. O assessor do deputado Bruno Covas, Antonio Carlos, disse que o deputado coloca seu mandato à disposição das causas contrárias à discriminação e que essa é uma das ocasiões em que Bruno faz questão de se manifestar, apoiando a frente e protestando contra medidas discriminadoras.
Após as manifestações dos componentes da Mesa, a sessão foi aberta para debates.
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