Projeto quer levar educação e arte ao trote


10/03/2009 20:34

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Os deputados petistas Carlinhos Almeida, Maria Lúcia Prandi, Roberto Felício e Simão Pedro apresentaram projeto de lei para a realização de uma campanha permanente, nas instituições de ensino superior, de recepção aos alunos ingressantes, os calouros. O objetivo do projeto é transformar o trote em um momento de cidadania.

Uma das mais polêmicas tradições universitárias, o trote é uma brincadeira que, na maioria das vezes, expõe os alunos recém-chegados à humilhação pública e, em alguns casos, termina em lesões corporais graves, internações hospitalares por excesso de ingestão de álcool e até em morte.

Nos primeiros dias do ano letivo de 2009, dois casos chamaram a atenção no Estado de São Paulo: um calouro de Veterinária teve coma alcoólico em Leme e duas calouras - uma delas grávida - foram internadas com queimaduras provocadas por uma substância utilizada durante o trote em Santa Fé do Sul.

A tradição do trote começou na Idade Média, quando os alunos novatos ficavam nos vestíbulos das salas de aula - daí a denominação vestibulando - e tinham seus cabelos cortados como medida profilática. O hábito segue até os dias atuais, agora com universitários maltrapilhos e pintados, pedindo esmola nos faróis.

No Estado de São Paulo, a Lei 10.454/1999 dispõe sobre a proibição de trote que possa colocar em risco a saúde e a integridade física dos calouros das escolas superiores e a Lei 11.365/2003 institui a Campanha para o Trote Solidário.

Apesar das restrições legais, os trotes violentos continuam ocorrendo. "Por isso, devemos considerar outras opções que levem em conta, principalmente, a conscientização dos alunos e não sua proibição pura e simples", justificam os autores do projeto, que tem caráter preventivo e educativo.



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