Rodoanel foi alvo de questionamentos Nesta quarta-feira, 24/11, a Comissão de Transportes e Comunicações (CTC) recebeu o secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce, para prestar contas de sua gestão e falar sobre ações, programas e metas da pasta. O presidente da comissão, Edmir Chedid (DEM), na abertura dos trabalhos, elogiou a disponibilidade do secretário, que sempre compareceu à Assembleia para falar de sua gestão. Mauro Arce fez um balanço das obras realizadas nos trechos oeste e sul do Rodoanel. O prazo final para término de toda a obra, com extensão de 175 km, é junho de 2014. A etapa sul entrou em operação em março de 2010 e está em processo de concessão, e quem a ganhar terá que, no prazo de 36 meses, construir o trecho leste, ao custo de R$ 4 bilhões. O trecho leste, que deve ser terminado em dezembro de 2013, será interligado com a avenida Jacu-Pêssego, o que aliviará o trânsito de Mauá. O deputado José Zico Prado (PT) demonstrou preocupação com a existência, na região da Jacu-Pêssego, de córregos não canalizados, que inundarão na estação de chuvas. Respondendo ao deputado Orlando Morando (PSDB), o secretário disse que não serão instalados telefones de emergência no trecho sul do Rodoanel. As 54 câmeras instaladas no percurso farão o monitoramento de segurança. Trecho norte Em relação ao trecho norte do Rodoanel, o secretário esclareceu que ainda não há um projeto básico definido, pois ele depende do licenciamento ambiental que está em processo. Já estão marcadas três audiências públicas: em Arujá, no dia 7/12; em Guarulhos, no dia 15/12, e na Capital, em 16/12. Esse trecho, que deve ficar pronto até junho de 2014, terá 44 km e 12 túneis, divididos em duas mãos de direção. Não está ainda definido o método construtivo e nem se a obra será feita pelo governo do Estado ou por parceria público-privada, mas o governo federal, através do PAC 2, deverá entrar com um terço do valor. O deputado José Zico Prado (PT) falou da preocupação da população da região com o traçado, que causará desapropriações. Rui Falcão (PT) também se somou aos questionamentos sobre a falta de informação da população acerca do traçado do trecho norte do Rodoanel. Ele falou ainda sobre irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União nos trechos sul e oeste que, segundo o secretário, foram esclarecidos. Marginal e rodovias Arce comentou também as obras realizadas na marginal Tietê, destacando a inauguração da ponte que a ligará à pista sentido oeste com a avenida do Estado, em março. Também está em construção uma ponte estaiada que irá ligar, na altura do Anhembi, a marginal sentido leste com a avenida do Estado. Os problemas de sinalização existentes na marginal Tietê estão quase solucionados, disse o secretário. O Programa Pró-Vicinais recuperou quase 11 mil quilômetros de estradas, em 191 municípios, com gasto de R$ 9 bilhões. Em relação à rodovia dos Tamoios, está em análise a duplicação de todo o trecho de planalto. A parte do contorno de São Sebastião-Caraguá depende de elaboração de estudo de impacto ambiental. A intenção é permitir a expansão do porto de São Sebastião. Em relação à concessão das rodovias, pergunta do deputado Antonio Mentor (PT), os novos contratos de concessão permitirão queda de tarifas e alteração no índice de reajuste. Segundo Arce, um maior número de praças de pedágio torna a tarifa mais justa, pois quem usa por trechos menores paga menos. O deputado João Caramez (PSDB) lembrou que o governador eleito prometeu revisar as tarifas em praças de pedágio que dividem cidades. Baixada Santista Mauro Arce, em relação aos problemas na travessia Santos-Guarujá, disse que há um projeto de construção de ponte sendo analisado. Mas esse projeto esbarra, por exemplo, em necessidade de análise de impacto ambiental no ponto de chegada em Guarujá, que é área de mangue. Respondendo a questionamento do deputado Fausto Figueira (PT), o secretário afirmou que a Codesp determinou que a ponte estaiada tivesse altura de 85 metros, num vão previsto de 500 metros, para não impedir o tráfego no porto. Sobre os gargalos existentes no sistema Anchieta-Imigrantes, ele disse que serão realizadas obras para solucioná-los, como no trevo de Cubatão, na Rodovia Anchieta. Hidrovia João Caramez defendeu a expansão do anel hidroviário, por considerar esse modo de transporte útil para o transporte de cargas, além de ser bom para o meio ambiente. Mas apontou que não há nenhuma previsão de dotação no Orçamento 2011. Arce concordou com a necessidade do aumento de hidrovias e disse que há previsão de obras, como a de desassoreamento do reservatório de Barra Bonita, de responsabilidade da AES-Tietê e da Cesp.