"Foi-me questionado se não há uma superposição das atividades de órgãos e instituições na luta pela consolidação da Região Metropolitana da Grande São Paulo (RMGSP)", disse Barros Munhoz, presidente da Assembleia Legislativa, ao abrir o ato de lançamento do Parlamento Metropolitano da Grande São Paulo, na manhã de 9/5, no Auditório Paulo Kobayashi do Legislativo paulista. O presidente não vê nenhum excesso na atividade parlamentar estadual no processo de votação do PLC 6/2005. O presidente da Assembleia considera altamente benéfica a união de toda a região na busca de soluções aos problemas de um conglomerado que reúne 39 municípios e cerca de 21 milhões de habitantes. Para ele, é ótimo que o Executivo estadual tenha se engajado nessa luta ao criar a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano. Segundo Barros Munhoz, o PLC 6/2005 começa a ser discutido nesta terça-feira, 10/5, e a votação deve ser rápida, por conta de o projeto já ter sido debatido numa série de audiências públicas que municiaram os parlamentares de sugestões e informações. O evento contou com a presença de representantes dos legislativos dos municípios que compõem a RMGSP. Esses legislativos municipais deverão participar do conselho consultivo, a ser criado para discutir a consolidação da RMGSP, conforme prevê o projeto. "Não dá para marginalizar o vereador, grande autoridade nesse processo", completou o presidente da Assembleia. Segundo Police Neto, é preciso trabalhar em conjunto para atender demanda regional Foram feitos pronunciamentos pelos presidentes de câmaras de municípios integrantes da Grande São Paulo: José Macário dos Santos Filho, de Taboão da Serra; Alexandre Pimentel, de Carapicuíba; Hiroyuki Minami, de São Bernardo do Campo; Eduardo Pereira dos Santos, de Mairiporã; e José Police Neto, de São Paulo. A posição de que até agora os parlamentares municipais estão "alijados do processo de definição de políticas e coordenação da aplicação de recursos na solução de demandas regionais, que tão bem conhecem" é comum a todos. O presidente da Câmara de São Paulo revelou estar "absolutamente desconfortável" ao saber que a população espera mais dos vereadores, sendo pouco o que eles estão autorizados a fazer. "Foi por isso que iniciamos este contato regional, na busca de soluções para problemas comuns a todos os municípios. A quinta ou sexta maior região metropolitana do mundo, a RMGSP representa aproximadamente 20% do PIB nacional. Nela se encontra da mais profunda pobreza a mais profunda riqueza", alertou. Para Police Neto, tal conglomerado tem questionamentos relativos ao caótico transporte local e intermunicipal, educação, saúde, saneamento básico e outros, todos requerendo resposta imediata. "E quem, senão os vereadores, tem a melhor noção das demandas e prioridades para a solução dessas questões regionais?" indagou. Para ele, um município da região metropolitana não resolve sozinho o enorme volume de problemas. "Precisamos trabalhar muito, em conjunto, para a efetivação desse parlamento, de forma a atender a explosão demográfica da região metropolitana", disse Police Neto, que encerrou o evento com a seguinte afirmação: "Junto com todos os colegas parlamentares, estamos à disposição do processo de integração parlamentar municipal, para que a vida de 21 milhões de munícipes seja cada vez melhor."