Solicitada à Dersa e Capitania dos Portos avaliação das medidas de segurança das balsas


25/10/2001 17:55

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Da assessoria

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) diz que está preocupada com as conseqüências da aplicação das medidas da Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil que obrigam motoristas e passageiros a saírem dos veículos, nas travessias por balsas, além de exigir maior distanciamento entre os veículos, para facilitar a abertura das portas. As determinações estão anunciadas para vigorar a partir desta sexta-feira, 26/10, ficando sob responsabilidade da Dersa, estatal que gerencia as travessias, garantir que sejam cumpridas.

As exigências constam das Normas 2 e 12 de 2000, editadas pelo Diretoria de Portos e Costas da Marinha, que tratam de medidas de segurança nas travessias. Em ofício encaminhado ao superintendente nacional da Segurança de Tráfego Aquaviário, capitão-de-mar-e-guerra Roberto Amorim da Fonseca, a parlamentar observa que é preciso aprimorar as condições de segurança nas travessias, mas sem exageros que possam causar transtornos aos usuários. A exigência de maior espaço entre os veículos reduzirá em 20% a capacidade de transporte de cada balsa.

"Se, atualmente, já temos problemas de filas e demora, imaginem na temporada de verão, com menos veículos nas balsas e maior tempo de travessia, embarque e desembarque dos passageiros. Pode haver um colapso", comenta Prandi.

Conforme apurou a deputada, as mudanças são conseqüência direta de um processo judicial instaurado a partir de um acidente ocorrido em dezembro de 1997, quando um carro forte caiu de uma balsa, durante a travessia entre Santos e Guarujá, matando todos os seus ocupantes. Desde então, não houve nenhum outro acidente semelhante e a Dersa adotou algumas medidas para garantir mais segurança aos usuários. A principal delas foi a instalação de anteparos de metal, de aproximadamente 50 centímetros de altura, que são acionados por ''braços'' pneumáticos, impedindo os veículos de se projetarem ao mar durante a travessia. Antes, havia apenas um cabo de aço para fazer esta proteção.

"A segurança deve ser uma preocupação constante. É importante saber que os órgãos públicos responsáveis por essa fiscalização estão atentos. Entretanto, é preciso que haja bom senso para evitar alguns exageros, causadores de mais transtornos do que de benefícios aos milhares de usuários". Para Maria Lúcia Prandi, se a preocupação é com a segurança, não se pode admitir que os coletes salva-vidas fiquem depositados em paióis, trancados com cadeados e parafusos. "É indispensável que os coletes fiquem em local de fácil visualização e acesso para casos de emergência", finaliza.

alesp