Assembléia lança Frente Parlamentar pela Reforma Agrária


03/05/2007 21:51

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Cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar pela Reforma Agrária<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/REF AGRAR INDIO 072LEM.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por iniciativa dos deputados Simão Pedro (PT) e Raul Marcelo (PSOL), foi lançada nesta quarta-feira, 3/5, a Frente Parlamentar pela Reforma Agrária, que tem como finalidade promover, apoiar e incentivar o crescimento dos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária no Estado de São Paulo. O evento aconteceu no Auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa. Simão Pedro chamou à mesa os deputados Ed Thomas (PMDB) e José Zico Prado (PT), Plínio de Arruda Sampaio, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), e Raimundo Pereira da Silva, supervisor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Estiveram presentes também representantes do MST, do Centro Acadêmico XI de Agosto e de quilombolas e movimentos indígenas.

"A luta da frente é contra uma política de agricultura que concentra as terras nos grandes latifúndios, beneficiando os grandes empresários, que desenvolvem monoculturas voltadas para a exportação. Trata-se de uma política que gera pobreza, desemprego e concentração de renda", afirmou Simão Pedro. Raul Marcelo considera que a frente poderá ser um pólo em defesa dos movimentos sociais, que criará projetos de lei em defesa do trabalho agrofamiliar e que discutirá o papel do Judiciário e a criminalização dos movimentos nos assentamentos.

Para fechar os trabalhos da frente parlamentar, foi convidado Plínio de Arruda Sampaio, que afirmou: "Nós somos quem não tem terra. Somos os bóias-frias, que alugamos nossa força de trabalho. Somos quem não tem crédito. Somos os quilombolas e uma unidade que luta contra o usineiro de cana e soja e os que comandam o país. Somos uma unidade que luta contra o capital bancário e precisamos pressionar com a parte que concorda com a gente: 20 deputados de 7 partidos assinaram apoio à nossa frente. Em nossa luta, deputado que votar contra, nós denunciaremos mostrando sua cara nas ruas, informando o povo. Será nossa forma de pressão."

alesp