Cadeia para os seqüestradores!

Agora está provado que o jornalista Ivandel Godinho foi vítima não apenas de um seqüestro: ele acabou sendo assassinado pela quadrilha que o capturou, em outubro de 2003. A prisão dos suspeitos, a descoberta de uma ossada e o exame de DNA levaram a polícia a esclarecer o crime, quase três anos após a morte do jornalista.
A família Godinho, que havia pago o resgate, ainda tinha esperança de encontrar Ivandel vivo. E agora? Só se espera que os seis bandidos responsáveis pelo seqüestro fiquem mesmo na cadeia: cinco já foram presos e confessaram sua participação no crime. Que sejam julgados, condenados e jamais perdoados pela Justiça!
Quatro anos e meio atrás, quando a polícia prendeu os seqüestradores do publicitário Washington Olivetto, fiz uma advertência: aqueles criminosos, liderados pelo chileno Mauricio Norambuena, teriam de ser condenados a uma pena rigorosa, para evitar a repetição da liberação antecipada da quadrilha que seqüestrou o empresário Abílio Diniz em 1989, em São Paulo.
No fim da década de 90, por conta de uma greve de fome, os bandidos que quase mataram Diniz tiveram permissão para voltar para seus países, o Canadá, a Argentina e o Chile. O único brasileiro da quadrilha, também beneficiado, foi levado para o Ceará. O perdão, concedido pela Justiça, tornou-se possível por causa da pressão daqueles que se proclamam defensores dos direitos humanos. Eles defenderam a impunidade e os direitos dos bandidos.
Norambuena continua em cadeia rígida, apesar de seus esforços de reduzir a pena, alegando que praticou um crime político: sua desculpa era de que o dinheiro do possível resgate de Olivetto seria usado para o movimento armado de esquerdistas da América Central. Político ou não político, o grupo de seqüestradores manteve Olivetto num cubículo por 53 dias e quase provocou sua morte. Neste caso, alguém tem de pagar essa conta. Que sejam os bandidos!
O episódio de Ivandel Godinho é mais grave ainda, pois o seqüestro terminou em morte. E a morte de Ivandel foi ocultada pela quadrilha, que ainda conseguiu receber R$ 50 mil de resgate dois meses após o assassinato. Toda a história acabou sendo revelada nas últimas semanas, com a prisão do quinto integrante do bando de seqüestradores: Miguel José dos Santos Júnior, o Juninho, em Itanhaém, no litoral paulista. Uma vez detido, ele conduziu os policiais a uma ossada, enterrada no bairro paulistano de Capão Redondo.
O exame de DNA confirmou que os restos eram do corpo de Ivandel, o jornalista seqüestrado em 22 de outubro de 2003 ao sair de sua empresa, em São Paulo. Alguns detalhes do caso chamam a atenção: Juninho havia trabalhado como motoboy na empresa de Ivandel, onde teve a idéia do seqüestro; já no cativeiro, três dias após o seqüestro, o jornalista teve uma crise nervosa e foi morto a coronhadas; mesmo assim, bandidos exigiram o pagamento do resgate e deram esperança à família. Trata-se de um crime chocante. Vai haver tolerância, outra vez?
Afanasio Jazadji é radialista, advogado e deputado estadual pelo PFL
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