Mascaras, música e fantasias estamos em ritmo de Carnaval

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
15/02/2007 14:45

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Mascarado Thiago Martins <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Carnaval - Mascarado - Thiago Martins.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Samba I - Gabrielle Longobardi <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Carnaval - Samba I - Gabriel Longobard.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Boemia - D. Esteves <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Carnaval - Boemia -  D.Esteves.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mascarados - Marcos Irine <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Carnaval - Mascarados -  Marcos Irine.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O Pagodeiro - Afonso Nitoli <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Carnaval - 0 Pagodeiro - Afonso Nitoli.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Embora muitos historiadores afirmem que o verdadeiro Carnaval nasceu na Itália com as bacanais, lupercais e saturnais de Roma, as primeiras celebrações carnavalescas foram realizadas em intenção da deusa Ísis, no antigo Egito. Com a evolução da sociedade grega, evoluíram os rituais, acrescidos da bebida e do sexo, nos cultos ao deus Dionísio, com as celebrações dionisíacas. A sociedade clássica acrescenta ainda uma função política de distensão social às celebrações, tolerando o espírito satírico e a crítica aos governos e governantes nos festejos.

O Carnaval no Brasil, segundo a pesquisadora Cláudia M. de Assis Rocha Lima, já foi chamado de entrudo, por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão para o Brasil em 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas. Atualmente, é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos 40 dias que vão da Quarta-Feira de Cinzas ao Domingo de Páscoa.

A primeira música feita exclusivamente para o Carnaval, constituindo-se, portanto, um marco da história cultural brasileira, foi a marcha Ô Abre Alas, da compositora Chiquinha Gonzaga, composta em 1899 e inspirada na cadência rítmica dos ranchos e cordões. Esta marcha animou o Carnaval carioca por três anos consecutivos e é, até hoje, conhecida pelo grande público.

A partir de então, as marchas caíram no gosto popular. De compasso binário, com acento no tempo forte (primeiro tempo), eram inicialmente mais lentas, para que os dançarinos acompanhassem seu ritmo. Com o passar do tempo, tiveram seu andamento acelerado por influência das jazz bands; daí serem conhecidas também como marchinhas.

Associando-nos ao período, reproduzimos as obras do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo que enfocam o tema do Carnaval.



Boemia, de D. Esteves " Em virtude de uma força endógena, a pintura desse artista oferece uma impressionante animação de conjunto. Um pentagrama cromático em cujo diapasão vibram alternadamente as moleculares enzimas do instinto humano.



A Dama com Máscara, de Elizabeth Tudisco " Plenitude das formas, sensualidade levada ao máximo, carregada de um orvalho como os brotos na primavera: é a imagem que se oferece ao primeiro olhar.



Translúcidos, de Evelina Villaça " Num mundo lúcido e exato, a artista constrói e distribui os ritmos catalisadores da ação do conhecimento que dissolve os personagens de suas composições no âmbito de uma visualidade transformada e em movimento.



Samba I, de Gabrielle Longobardi " Não há dúvida de que o mundo fantástico e o real exprimem sentimentos diversificados. Sua pintura, às vezes, tem acentos populares, às vezes, uma fantasia totalmente voltada à representação dos sentimentos.

Mascarados, de Marcos Irine " Formas seqüenciais constroem um discurso coerente, cromático e musical. Sua temática, desenvolvida em simbologias repetitivas, transforma em verdadeiras e apropriadas as palavras figurativas que o pintor usa para construir um discurso aparentemente dissociado, entretanto extremamente coerente.

Mascarado, de Thiago Martins " Máscaras são inseridas no contexto da escultura e se constituem em traços arqueológicos intactos ou recortados, tudo bem próximo de um puzzle. Controlando seus elãs líricos ou retóricos, o escultor mede suas efusões e calcula suas improvisações.



O Pagodeiro, de Afonso Nitoli " A obra evidencia uma fervida fantasia inventiva, sempre à procura da cor e da expressão figurativa, com resultados que testemunham uma sensibilidade inata e uma promissora felicidade criativa.



Samba, de João Candido Silva " Com cores claras e vivas, suas composições contam a magia do trabalho do campo e de nossos festejos. São quadros ricos, sonoros e, por incrível que pareça, transbordantes de felicidade, impregnados de bucólica poesia.



Delírios de Carnaval, de Rodrigues Coelho " O artista confere às figuras humanas um valor de integral transfiguração, onde o abstrato e o figurativo se amalgamam de maneira sublime e etérea. Trata-se de um intérprete poético da luz que modela as formas.

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