Pena de morte: o Brasil e o mundo

OPINIÃO - Afanasio Jazadji*
19/12/2003 15:48

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Os números sobre crime e castigo nos Estados Unidos são a melhor forma para destruir a argumentação de determinados teóricos radicalmente contrários à introdução da pena de morte no Brasil. O país mais desenvolvido do mundo ainda enfrenta problemas de homicídios e tráfico de drogas, mas a incidência desses crimes foi reduzida de modo drástico nos últimos 20 anos, principalmente nos Estados que voltaram a adotar a pena de morte.

Ao contrário do que apregoam por aqui os defensores dos direitos humanos dos bandidos, as execuções de criminosos estão liberadas em todos os principais Estados americanos. Quando o castigo é duro, o bandido pensa duas vezes antes de praticar crimes hediondos, pelos quais é julgado e condenado.

A pena de morte esteve suspensa nos EUA durante quatro anos, de 1972 a 1976, por imposição da Suprema Corte, mas acabou sendo novamente liberada, para que cada Estado decidisse se deveria adotá-la e qual a forma de execução dos condenados. Dos 50 Estados que constituem o país, 37 adotam a pena de morte, entre eles Nova York, Califórnia, Texas, e Flórida. Segundo pesquisas, 24 desses Estados conseguiram reduzir ultimamente os índices de assassinatos. Em 5 não houve mudança. Em apenas 8 cresceu a criminalidade.

O pequeno Estado de Delaware, que registra o maior número de execuções per capita, é o que vem tendo o mais baixo índice de homicídios no país. Será que esses argumentos não bastam a quem teima só por implicância?

Afanasio Jazadji é radialista, advogado e deputado estadual pelo PFL

alesp