Pelo fim da escravidão animal!

Opinião
10/04/2008 15:35

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Deputado Feliciano Filho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/FELICIANO FILHO OPINIAO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Comparo a proteção animal ao processo que acabou com a escravidão.

Foi muito longo, mas que gradativamente foi se consolidando até

chegarmos à abolição total, isso está ocorrendo na Proteção Animal.

Quanto nós avançamos não retroagiremos mais. Essa é uma questão

inexorável.

Desde 2001, quando iniciamos um forte trabalho na Proteção Animal,

mudamos procedimentos cruéis em muitos municípios que de forma míope,

primária e tacanha praticavam procedimentos covardes contra animais

indefesos, tais como: câmara de gás, choque elétrico, pauladas, entre

outras atrocidades. Todos esses municípios que nós conseguimos mudar

os procedimentos não voltaram mais a tal prática, pois entenderam que

estavam trabalhando de forma totalmente equivocada e piorando a

situação.

Temos notado que alguns municípios estão abandonando as práticas

erradas, ao saber que o seu vizinho está trabalhando de uma forma

correta, humanitária e muito mais eficiente em termos de políticas

públicas. Copiam o modelo correto não só porque é mais eficiente e barato,

mas por entenderem que a sociedade não suporta esse trabalho

antiético, arbitrário e sem fundamento técnico. Além disso, as pessoas têm

se conscientizado e cobrado de seus governantes. Quando não atendidas,

a sociedade manifesta seu repúdio, não só em manifestações

públicas, mas em jornais e através de seu voto.

O processo de libertação dos animais já se iniciou. As pessoas

estão começando a se indignar ao ver um animal puxando uma carroça com o

peso superior ao de suas forças e sendo espancado. Revolta-se com o

tráfico de animais, onde, muitas vezes, matam o pai e a mãe para poder

pegar um filhote. Já existem crianças que se recusam ir a um circo

que tenha animal e repetem o nosso slogan: "circo legal não tem

animal".

É crescente o número de pessoas que estão se tornando vegetarianos

quando descobrem o quanto os animais sofrem no ato em que são mortos e

adquirem a consciência de que estão comendo cadáveres. Além de se

elevar ao ponto mais importante de nossas vidas que é a questão

espiritual e se tornam convictas de que não precisamos eliminar vidas para

nos alimentarmos.

Quantas vezes presenciamos funcionários da famigerada "carrocinha"

sendo agredidos pela população. Sempre temos notícias das

faculdades de áreas médica e biológica que diariamente se recusam a

participar de aulas práticas de estudos com animais, por entenderem que não

há necessidade dessa prática, pois já existem métodos substitutivos

mais eficientes, onde as respostas a determinados estímulos são mais

homogêneas.

Muitos rodeios já pararam com a prova do laço, pois não suportam a

pressão do público e protetores, pela crueldade, onde vários bezerros

quebravam os pescoços e morriam na própria arena. Falta muito ainda

para que alguém, ao jogar um caranguejo vivo na água fervente, não

ignore a dor, o drama que este animal está vivendo e o desespero

morrendo queimado vivo, isso mostra a insensibilidade de muita gente.

Concluindo, tenho certeza que Deus não aprova isso: "pois o que

fazemos nessa vida ecoa por toda a eternidade".



*Feliciano Filho é deputado estadual pelo PV-Campinas.

Site: www.felicianofilho.com.br

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