A Gráfica da Assembléia Legislativa, localizada em espaço anexo ao Palácio 9 de Julho, recebeu nesta terça-feira, 15/3, o nome do jornalista Antonio Carlos Godoy Martinez. A homenagem foi possível graças à aprovação de projeto de resolução do deputado Arnaldo Jardim (PPS).O jornalista Antonio Carlos, o Cacá, faleceu em janeiro de 2004. Era funcionário da Assembléia desde 1979 e sua última função na Casa foi de editor do Diário da Assembléia.Cacá nasceu em Campinas, em 1º/4/1947. Estudou Jornalismo na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero e Filosofia na PUC/SP, quando participou ativamente do movimento estudantil contra o regime militar, tendo sido preso e torturado.Na área de comunicação teve vasta experiência profissional: foi assistente de produção da Rádio e Televisão Cultura de São Paulo, repórter especializado e chefe de redação nas revistas Grand Prix e Auto Motor, e atuou também como redator publicitário.Ingressou na Assembléia Legislativa como assessor de imprensa do ex-deputado Franco Baruselli. De 1990 a 1996 foi diretor do então Serviço de Artes Gráficas da Assembléia de São Paulo, onde desenvolveu inúmeros projetos gráficos e editoriais, além de dar início à informatização do setor. Atuou também na área de comunicação da Secretaria Geral de Administração e coordenou a edição do Manual de Redação Administrativa da Assembléia Legislativa. O deputado Arnaldo Jardim, após o descerramento da placa que denominou a Gráfica, falou da importância do exemplo deixado por Antonio Carlos: "sua lembrança diz muito mais que todas as palavras".Edney Pipino, assessor de imprensa de Arnaldo Jardim e amigo pessoal de Antonio Carlos, ressaltou suas qualidades pessoais e profissionais, ao prestar homenagem ao amigo.Maria Elizabeth Melo Avelar, também jornalista, com quem foi casado por mais de 20 anos, agradeceu a homenagem prestada e destacou características da personalidade de Antonio Carlos, como a dedicação e o compromisso com o trabalho, seu espírito humanitário e seu senso de justiça, que o levaram a lutar permanentemente por melhorias para seus funcionários. "Era chefe e amigo e, embora longe de ser uma unanimidade, suas fortes convicções não davam espaço para a indiferença", disse.