Seguradora agiliza processo de indenização das vítimas do acidente na linha 4

Matéria do dia 8 de março de 2007
12/03/2007 16:06

Compartilhar:

Lauriberto Tavares<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/LauribertoTavares01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A comissão de representação constituída com a finalidade de acompanhar as investigações do acidente ocorrido na linha 4 do Metrô de São Paulo ouviu nesta quarta-feira, 7/3, o depoimento de representantes da Unibanco AIG, seguradora da empresa estatal e do consórcio contratado para a execução da obra.

A comissão, coordenada pelo deputado Valdomiro Lopes (PSB), ouviu o diretor executivo da seguradora, Lauriberto Tavares. Tavares informou que a Unibanco AIG tem como sócia a American Internacional Corporation, grupo com grande experiência em seguros. "Desde que ocorreu este lamentável acidente, nossa empresa, juntamente com o Consórcio da Via Amarela, montou um centro de atendimento no edifício Passarelli para não só agilizar o processo de indenização das vítimas, como também para lhes dar suporte médico e psicológico. Tenho a informar que, das famílias das sete vítimas fatais, já houve acordo com cinco delas, e das outras famílias estamos esperando uma sinalização positiva. Não há pendência em relação aos veículos envolvidos no acidente. Quanto aos imóveis prejudicados no ocorrido, 24 já tiveram seu processo liquidado. Para continuarmos nosso trabalho precisamos agora do laudo do Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT)."

O deputado Edmir Chedid (PFL) perguntou ao representante da seguradora sobre o valor da apólice contratada pelo consórcio. Washington Bezerra, que faz o acompanhamento jurídico dos processos da seguradora, declarou que na apólice existe uma cláusula de responsabilidade que estipula o compromisso do sigilo e esclareceu que tanto o Metrô quanto o Consórcio Via Amarela são segurados pela Unibanco AIG. Segundo Bezerra, a cobertura abrange todos os acidentes e os danos morais e materiais decorrentes dele, sendo que, neste caso específico, o consórcio e a seguradora fazem um acordo e a vítima recebe a indenização.

"Até vendedor de sanduíche"

O deputado Nivaldo Santana (PCdoB) disse ter recebido informações de que na região de Pinheiros, que possui comércio intenso e diversas indústrias, houve um decréscimo de 30% do movimento de clientes. "Além das vítimas fatais, houve o que se chama de lucro cessante, ou seja, lucro que se deixa de ter em decorrência do acidente. O que o seguro faz em relação a isso?", perguntou Santana. O diretor executivo da seguradora informou que quem provou ter tido prejuízo foi ressarcido.

"O pipoqueiro que ficava na área também?", quis saber o deputado do PCdoB. "O pipoqueiro não, mas indenizamos até um vendedor de sanduíches que trabalhava na região", respondeu Lauriberto Tavares.

Tanto Nivaldo Santana quanto Edmir Chedid destacaram a rapidez " que, segundo ele, foge aos padrões normais " com que o consórcio e o Metrô estão tentando resolver o problema. "É certo que, se conduzimos um veículo e se durante o percurso alguém morre, somos os responsáveis pelo ocorrido. Neste caso, temos o interesse primeiro de resolver o problema de quem faleceu, depois pensamos no resto",disse Chedid.

Washington Bezerra esclareceu ainda que se a pessoa que perdeu a casa e o terreno em que ela estava construída preferir, em vez de dinheiro, reconstruir sua casa no mesmo local, o consórcio e a seguradora providenciarão para seja feita a fundação para reerguer a construção. Perguntado se a seguradora também mantém uma fiscalização da obra, Lauriberto Tavares respondeu que há apenas uma inspeção de risco no início da obra para que se faça o cálculo do prêmio do seguro.

alesp