Fórum da Cidadania Contra a Violência

Fórum integra todos os segmentos da sociedade na luta pela redução da criminalidade no Estado de São Paulo
09/10/2007 17:36

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Público participante do Fórum da Cidadania Contra a Violência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/forum cidadania  geral MAU_0059.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Gregori, Eduardo Ribeiro Capobianco, Luiz Antonio Guimarães Marrey e Waldir Angello<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/forum cidadania  mesa MAU_0013.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Waldir Angello na abertura do Fórum da Cidadania Contra a Violência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/forum cidadania agnello MAU_0133.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O deputado Waldir Angello, presidente em exercício da Assembléia Legislativa, participou nesta terça-feira, 9/10, da abertura do Fórum da Cidadania Contra a Violência. O lançamento, voltado para a mídia, aconteceu no Hotel Renaissance e contou com a participação de entidades representativas dos Três Poderes. Além do deputado, compuseram a mesa o secretário da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, o presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos, José Gregori, e o presidente do Instituto São Paulo Contra a Violência, Eduardo Ribeiro Capobianco, que coordenou os trabalhos.

O fórum é um movimento social independente, pluralista, suprapartidário, com o objetivo de discutir e promover políticas, programas e ações contra a violência no Estado. No Parlamento paulista já tramitam seis projetos relacionados ao tema. Há ainda a atuação da Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública, coordenada pelo deputado Olímpio Gomes (PV).

Para as autoridades, o problema é de interesse coletivo, o que remete à participação de toda a sociedade na busca por soluções. "É preciso envolver o poder público, a iniciativa privada e a sociedade organizada. Temos que juntar as forças num objetivo único", ressaltou Waldir Agnello.

Crime organizado

Segundo Capobianco, a violência no Estado vinha caindo desde 2000, mas os ataques da facção criminosa PCC, em maio do ano passado, afetaram os bons resultados conquistados até então. O episódio do crime organizado serviu de estopim para a criação do Fórum, em 20 de Julho de 2006, por entidades empresariais, centrais sindicais e organizações da sociedade civil. Seus objetivos são: evitar ações de terrorismo urbano, enfraquecer o crime organizado, reduzir a violência e promover a segurança da população. "Os delitos precisam ser combinados com repressão criminal e prevenção da violência. Já as ações públicas devem integrar os Três Poderes, tendo seu foco nas áreas e grupos de risco", afirma Eduardo.

Dados informados pelo secretário da Justiça apontam que, somente em São Paulo, há 5.500 jovens internados na Fundação Casa. Mas, para Marrey, as medidas de intervenção teriam que surgir na área de origem dos infratores, com a implantação de pequenos complexos de ressocialização. "A reeducação do transgressor adolescente seria uma das contribuições para a diminuição da delinqüência", considerou.

Waldir Agnello disse que, para que isso ocorra, o poder público tem de ser conscientizado dessa necessidade socioeducativa. "É preciso abandonar o discurso e partir para a prática. Temos que convencer a sociedade de que o problema é nosso".

Site

A publicitária Joice Malavolta, responsável pela divulgação da iniciativa, afirma que "uma campanha que não propõe ação é rapidamente esquecida. E o site www.fccv.org.br cumpre esse papel". Em concordância, José Roberto Bellintani, superintendente do Instituto São Paulo Contra a Violência, disse que ele será o ponto de encontro com o cidadão através de ferramentas como o disque-denúncia, idéias e projetos, trabalho voluntário, entre outras. "O site tem caráter informativo e educativo, além de ser um instrumento de participação da sociedade", declarou Bellintani.

Outro resultado efetivo foi o primeiro evento público ocorrido em Santos, em setembro. Cerca de duzentas pessoas representando a Baixada Santista participaram do Encontro de Municípios para a Coordenação do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Emcasa). Embora mais de oitenta entidades já tenham aderido ao Fórum, de acordo com Luiz Marrey, ainda há resistência por parte dos prefeitos do interior. "Eles se recusam a manter uma unidade para reabilitação dos menores infratores em suas cidades, o que demonstra um atraso político", lamentou.

O próximo encontro do Fórum será no Vale do Paraíba, no mês de novembro. A expectativa dos organizadores é de que a publicidade do lançamento resulte em novas adesões ao movimento. Maiores informações podem ser obtidas no site www.fccv.org.br

alesp