Acervo Artístico: 19 de Abril - Dia Nacional do Índio

Cultura Indígena: uma herança a ser preservada
18/04/2005 14:40

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Atendendo aos apelos do Marechal Rondon, o então presidente Getúlio Vargas " a exemplo dos demais países americanos " assinou um decreto em 1943 determinando que o Brasil comemorasse anualmente o Dia Nacional do Índio em 19 de abril.

Foi exatamente nessa data que os representantes dos diversos países americanos, reunidos em 1940 na Cidade do México por ocasião do I Congresso Indigenista Interamericano, resolveram convidar os próprios índios, tema central do congresso, para participarem do evento. Embora resistindo inicialmente, os índios, apesar da relutância, acabaram por comparecer. Por sua importância na história do indigenismo das Américas, a data de 19 de abril passou a ser consagrada aos povos indígenas em todo o continente.

Segundo historiadores, por volta de 1500 a América era povoada por aproximadamente 100 milhões de índios no continente. No Brasil, esse número seria de cerca de 5 milhões de nativos. Recentes recenseamentos dão conta da existência de apenas 400 mil índios, com cerca de 200 etnias e 170 línguas, que ocupam o nosso território, principalmente em reservas demarcadas e protegidas pelo governo.

Numa homenagem à data, publicamos nesta página algumas obras pertencentes ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, que retratam personagens e cenas indígenas, cuja cultura é uma herança a ser preservada.

Rosa Godoy: "Índia Carajá"

Suas formas e cores se decantam em minuciosa pintura cheia de luz. Seus temas mais freqüentes convergem em defesa da natureza, com ênfase nos povos indígenas do Brasil Central e seu habitat. A mensagem a artista está enraizada e solitária no seu universo idílico, é a poesia de uma natureza ainda inalterada que reclama para si o ser humano antes de um epílogo irreversível.

Gisele Ulysse: "Adolescência" e "Xavantes tocando flauta"

Preocupada com a preservação e em contribuir para um maior conhecimento das populações indígenas entre nós, Gisele Ulysse sabe traduzir suas idéias sobre o plano emocional usando sua técnica de pintora. A artista poderia tê-las descritas como um escritor, com igual eficácia " porque as idéias não se inventam " mas preferiu usar seu pincel para transmiti-las.

Ryszard Polski: "Orlando Villas Bôas"

Assumindo uma função de verdadeira ruptura com uma sociedade injusta, o artista nos oferece uma contribuição de progresso e elevação para a cidadania do índio brasileiro e faz uma justa homenagem ao grande sertanista desaparecido. Sua pintura de empasto vigoroso e modelar preciso, demonstra a perícia do desenho, que é o fundamento e a substância da arte de pintar.

Cássia Soares: "Terra Brasil"

A pintora cria um elo com a realidade pictórica que transforma a cor pura em poesia fazendo vibrar certos acordes. Ao elaborar um mundo de encantos mitológicos, onde a figura humana adquire valor emblemático, a recordação mitológica se transforma em fato atual e se insere numa modalidade cotidiana.

Bárbara Altstadt: "Sobrevivência"

"Nascida" na atmosfera do abstracionismo, a artista desenvolveu com uma coerência plena e clara, uma sua visão de mundo. As suas abstrações deixavam entrever, numa certa fase, o "ser" envolvido em névoas, mas presente.

Marco Rossi: "Menina Kalapalo"

A obra diz perfeitamente da linha adotada por esse artista, onde tudo é fruto de um pronto élan em defesa dos primeiros habitantes da "terra brasilis", numa homenagem àquela realidade que o espírito recolhe como ponto de partida.



Val Santinho: "Os verdadeiros donos da Terra" e "Abaeté"

Artista completa, não faz concessões à sua habilidade. Constrói as figuras com sobriedade e as enriquece de um cromatismo denso transformando-as em corpos vivos e móveis que respiram. Sensível aos eternos reclamos de nossos indígenas, participa aos seus rituais com sua intuição feminina.

alesp