A CPI das Ferrovias deveria ouvir nesta terça-feira, 2/3, o presidente da América Latina Logística (ALL), Bernardo Hess, mas o Tribunal de Justiça concedeu liminar que anulou a convocação de Hess pela comissão parlamentar de inquérito, prejudicando a reunião, na qual estiveram presentes os deputados Vinícius Camarinha (PSB), presidente da CPI; Mauro Bragato (PSDB), relator, Edson Giriboni (PV); Célia Leão (PSDB) e Davi Zaia (PV). O delegado da Polícia Federal de Piracicaba, Carlos Fernando Lopes Abelha, que investiga a situação do patrimônio pertencente à malha ferroviária paulista, também esteve presente. Camarinha afirmou que, apesar da liminar, a CPI continuaria prestando esclarecimentos à população quanto ao desmanche da rede ferroviária. O deputado destacou ainda a ressonância do trabalho da CPI e disse que os trabalhos vão "investigar esta empresa que vem acabando com a ferrovia no Estado de São Paulo." Giriboni destacou o fato de a procuradoria da Assembleia Legislativa já estar agindo para derrubar a liminar, e crê que a mesma procuradoria pode avaliar as possibilidades de prorrogar o prazo da CPI, cujo andamento foi prejudicado pela ausência de Hess. Célia Leão declarou: "Me causa espécie a ausência do senhor presidente, como se ele tivesse culpa no cartório" Enaltecendo o trabalho de Abelha, Bragato espera poder usar "todos os veículos da mídia" para mostrar que "o presidente da ALL fugiu de prestar declarações". Bragato ainda sublinhou a necessidade de ouvir Hess em função das provas apresentadas pela Polícia Federal. Em relação a este fato, Davi Zaia expressou sua opinião lamentando a ausência do presidente da ALL e os efeitos que isso pode causar na elaboração do relatório final. "Infelizmente, a nossa busca de esclarecimentos está sendo obstruída". A CPI tem prazo até o dia 25/3 para entregar seu relatório final.