O deputado Orlando Morando (PSDB) apresentou projeto de lei (PL 132/2007) que visa proibir o uso de aparelhos celulares em escolas estaduais de São Paulo. A ação, segundo o deputado, tem por objetivo a preservação da essência do ambiente escolar: "A atenção do aluno deve estar totalmente direcionada aos estudos, para a fixação do aprendizado, sem que nada possa desviá-lo". O parlamentar também lembra que existem estudos comprovando que o uso do celular compromete o desenvolvimento dos alunos e que a falta de concentração, resultando numa significativa diminuição do rendimento escolar, agravou-se com a popularização dos aparelhos celulares entre os jovens. "As reclamações se estendem e, segundo os professores, os alunos utilizam celulares para práticas que não são do meio escolar. Distraem-se e divertem-se com os jogos do aparelho e gravam conteúdos de provas (colas)", diz o parlamentar. Segundo a professora Maria Clara Almeida, a troca de "torpedos" entre alunos dentro da sala de aula e com amigos de outra sala é cada vez mais comum. "Muitos deixam o celular no modo silencioso e não resistem: quando recebem uma ligação, atendem, aos sussurros. Sendo um objeto de status, sua exibição é mais um fator a contribuir para a descontração dos jovens." "As escolas possuem telefones públicos (orelhões) e telefone fixo, caso algum familiar queira entrar em contato", esclareceu Ana Luiza Borges, diretora de ensino.Orlando Morando afirmou que esta lei é de extrema necessidade para a melhora da qualidade de ensino e para que a avaliação da educação do Estado não seja comprometida. Enfatizou que pedagogos defendem a idéia de que os celulares devem ficar em casa durante o período de aula, pois não se trata de atender uma necessidade do aluno. E finalizou: "Eu me empenharei para que o projeto de lei seja votado e aprovado o mais rápido possível".omorando@al.sp.gov.br