Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Lúcia Porto


13/03/2012 11:47

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Explosão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/LUCIAPORTOOBRAx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lúcia Porto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/LUCIAPORTOx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Usando caminhos de uma originalidade absoluta e de apropriados meios expressivos, Lúcia Porto desenvolve o seu discurso pictórico. Sua arte se constitui numa sofrida busca de valores e de formas pertinentes à realidade social contemporânea e é resultado de um estudo e de uma lucidez mental sempre coerente e autônoma.

A obra artística pode ajudar o homem a superar sua alienação, introduzindo na vida cotidiana objetos capazes de colocar o seu espírito no estado de perceber os problemas fundamentais de existência.

"A arte é um sinal, um objeto, uma sugestão da realidade para o nosso espírito", escreveu certa vez Picasso. "Não vejo portanto qualquer antagonismo entre abstração e figuração, uma vez que uma e outra nos sugerem esta ideia de realidade. A realidade que encontram os olhos é um sonho bem pobre da realidade."

A codificação de tal experiência através de matérias e coisas, como para conservar o imediatismo da percepção do gesto vivido, confere às obras pictóricas de Lúcia Porto um precioso poder de impacto. A sua estrutura concreta é sempre o suporte de evocações sutis. A correspondência entre imagem real e os processos projetáveis encontra a objetividade do mito e das pulsações do inconsciente.

A artista consegue evidenciar através da cor " que é um gesto e quase um grito interior " um profundo conteúdo espiritual e estético. Possuindo um seguro sentido da cor, ela dispõe de uma vasta gama de combinações cromáticas, muitas vezes fortes. A cor se articula numa coerente estruturação livre de relações e de contrastes tonais.

Explosão, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, reflete uma escolha intelectual da pintora na medida em que colhemos uma relação entre realidade intuitiva e expressão figurativa, entre conteúdos interiores e produto da arte.





A artista

Lúcia Porto, pseudônimo artístico de Maria Lúcia Porto, nasceu em São Paulo, em 1952, onde vive e trabalha. Considerada artista plástica experimental, desde 1971 apresenta projetos em salões nacionais e regionais, tendo se dedicado a estudos em vários países da Europa, América Latina e Estados Unidos.

Encontrando apoio nos laboratórios da USP e do IPT realizou inúmeras pesquisas científicas ligadas à produção artística.

Participou desde 1976 das seguintes exposições: "Poluição Visual Submarina", Panorama Submarino (1976); "Teorema da Natureza", XIV Bienal de São Paulo (1977); "Panorama da Arte Atual Brasileira", Museu de Arte Moderna de São Paulo (1978 e 1981); Centro de Criatividade, Fundação Cultural de Curitiba (1979); I Feira Nacional de Artesanato, Stand SE-8, Parque Anhembi, Galeria Fernando de Noronha (1980); 100 Anos de Escultura no Brasil, Museu de Arte de São Paulo (1982); III Salão Paulista de Arte Contemporânea: "Neste Sai de Liberdade", Espaço Nikkey Arte e Paulo Figueiredo, Galeria de Arte (1983); "A Cor e o Desenho no Brasil", MAM; "Formas Tridimensionais", Panorama da Arte Atual Brasileira, MAM (1985); "Por que não cantar fora?"; As silhuetas que passaram fizeram-se pontos brilhantes"; Tudo é absurdo mas nada é chocante porque todos se acostumam a tudo", MAC (1987); Pavilhão Bienal, Parque do Ibirapuera e "Há Tempos Imemoriais, Viaduto do Chá, SP (1988); "Instalação a Via Novamente", XX Bienal (1989); "Peças para Ananke " ou ao céu-acaso", MAC (1990); "Uma Intervenção na Paulista", Metrô (1991).

Possui obras em inúmeras coleções particulares e oficiais no exterior, no Brasil, no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e no Museu da Escultura ao Ar Livre.

alesp