O INFERNO É A INDIFERENÇA DOS OUTROS - OPINIÃO
Uma pequena fábula descreve o céu e o inferno como locais nos quais as pessoas têm a boca nas costas e portanto não podem se alimentar. A única diferença é que no Paraíso as pessoas são solidárias e portanto umas alimentam as outras, enquanto no Inferno cada um tenta mil malabarismos para alimentar a si mesmo, e preferem padecer de fome a cooperar entre si.
Um preceito comum a diversas religiões é que o que for feito a um único homem é como se fosse feito a toda a humanidade. Um dos objetivos deste artigo é demonstrar que esta afirmação não é mera figura retórica, mas sim encerra uma grande dose de verdade.
O voluntariado está na moda, fruto da intensa divulgação do Ano Internacional do Voluntariado e do incentivo dado por agências governamentais e Organizações Não-Governamentais. É um passo importante para a melhora das condições de vida de todos, incluindo os voluntários, mas é também algo muito maior e mais importante do que isto.
Existe uma outra face na modernidade muito menos agradável do que as muitas vantagens tecnológicas do mundo do consumo: a extrema valorização do individualismo. A cada momento as relações entre os indivíduos vão de tornando mais impessoais e os laços de solidariedade comunitários se dissolvem em relações societárias frias e individualistas.
Os efeitos desta mudança se refletem em todos os aspectos da vida social. Da corrupção à escalada da violência, inúmeras mazelas podem ter sua origem encontrada nesta degradação dos laços de solidariedade entre os indivíduos.
Não fica difícil perceber que no final deste caminho está um mundo no qual cada pessoa seria um mundo à parte, isolado e indiferente aos demais. O inferno não poderia ser mais terrível do que este mundo.
A redescoberta da satisfação pessoal com o voluntariado - com a qual participei modestamente apresentando projeto instituindo a Semana da Incentivo e Promoção ao Voluntariado - contribui para quebrar esta espiral viciosa que começa no individualismo e termina neste inferno. Neste sentido, seus resultados vão muito além de melhorar a vida das pessoas atendidas ou reforçar a auto-estima dos voluntários, seus benefícios estendem-se a toda a humanidade na medida em que combatem este individualismo exacerbado e estendem novas esperanças para a sociedade humana.
* Roberto Engler é deputado estadual pelo PSDB.
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