Deputado federal eleito despede-se da Assembléia paulista


23/01/2007 18:50

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Arnaldo Jardim<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/JARDIM792ZE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 23/1, o deputado Arnaldo Jardim (PPS) fez um discurso de despedida. Ele foi eleito para a Câmara dos Deputados e tomará posse em Brasília em 1º/2.

Recordando seu primeiro mandato na Assembléia Legislativa, em 1986, Jardim destacou seu compromisso de continuar acreditando na atuação política com seriedade para a consolidação da democracia. Tinha então 30 anos de idade.

"Interiorano de Altinópolis, fui para Ituverava e Ribeirão Preto, estimulado por meus pais. Vim para São Paulo e estudei engenharia na Escola Politécnica da USP." Nesse período, Jardim participou do movimento estudantil e da construção, em 1973, do DCE livre da USP Alexandre Vannucchi Leme, época em que conheceu diversos deputados que hoje trabalham a seu lado.

Posteriormente, foi assessor do deputado Geraldo Siqueira e participou da equipe do governador Franco Montoro.

Vida pública

Eleito deputado estadual em 1986, Arnaldo Jardim foi relator do anteprojeto da Constituição do Estado de São Paulo. O parlamentar destacou conquistas importantes para a sociedade paulista nesse período, como a fixação de dotação orçamentária para a Fapesp e a elevação das verbas para a Educação de 25% para comitês de bacias hidrográficas.

Em seu segundo mandato, em 1990, foi líder do PMDB na Alesp, substituindo Aloysio Nunes Ferreira. Jardim destacou diversas ações marcantes em sua vida parlamentar: a criação do Fundo de Desenvolvimento do Vale do Ribeira, a Política Estadual de Recursos Hídricos e a livre associação dos servidores públicos, entre outras.

Disse que quando assumiu a Secretaria da Habitação do Estado de São Paulo contou com o apoio irrestrito da Assembléia. Foi nessa época que se instituiu a dotação de 1% do ICMS para a Habitação. "Conseguimos inovar e criar novos métodos de construção, que fizeram o custo das edificações cair no Estado de São Paulo", disse, lembrando ainda que durante sua gestão foi realizada a primeira audiência pública com base na Lei de Licitações e Contratos.

Depois disso, Jardim foi candidato a vice-governador, na chapa de Barros Munhoz, na eleição de 1993. Em 1998, voltou à Assembléia Legislativa, pelo PMDB. Durante esse mandato passou para o PPS de Roberto Freire, partido em que permanece até hoje e pelo qual foi eleito deputado federal. Como deputado estadual, ainda, trabalhou para instituir a Política Estadual de Resíduos Sólidos no Estado de São Paulo e a Política Estadual do Cooperativismo.

Como deputado federal, Jardim pretende apresentar alguns projetos logo no início de seu mandato. Segundo disse aos seus pares na Assembléia, apresentará proposta para que seja exigida de todos os parlamentares que queiram ocupar cargos na administração pública, em todos os níveis, a renúncia dos seus mandatos. Jardim defendeu também a dilatação do prazo de desincompatibilização dos administradores públicos para concorrer nas eleições.

Arnaldo Jardim elogiou assessores e funcionários da Assembléia Legislativa e recebeu as congratulações dos deputados Antonio Salim Curiati (PP), Campos Machado (PTB), Roberto Morais (PPS), Enio Tatto (PT), Jonas Donizette (PSB), Ana Martins (PCdoB), Baleia Rossi (PMDB), Vaz de Lima (PSDB), Turco Loco (PSDB) e José Bittencourt (PDT).

alesp