A pintura de Jaime Yesquénluritta, resultado de um impulso carregado de intensa revelação

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
24/04/2006 16:00

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A obra Pastoral, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Pastoral.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O artista Jaime Yesquénluritta<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Jaime.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O nascimento de um modo de expressão pessoal se faz através de um processo que poderíamos descrever pela decomposição do tema que alcança uma presença plástica e humana. Na pintura de Jaime Yesquénluritta se constata, antes de tudo, um estilo pessoal, uma escritura particularmente típica, embora difícil de definir. Tudo se passa entre formas imóveis e vibrantes.

Durante muito tempo e quase inconscientemente preparada no seu foro íntimo, a arte de Jaime Yesquénluritta, sem ser gestual nem ligada unicamente à dinâmica da criatividade, é o resultado de um impulso carregado de intensa revelação.

Sem nenhuma preocupação de "métier", nem de "savoir faire" estético, o artista não deseja também comunicar um conteúdo psicológico manifesto ou latente. Simplesmente ele se experimenta na pintura, pesquisa sobre o mundo e sobre a arte, fruto de uma longa aventura existencial.

Forma e conteúdo são elementos inseparáveis na pintura desse artista cujo desenho, longe de percorrer os caminhos de um figurativismo mimético e clássico, torna-se a forma mais idônea para exprimir o sentido místico que emerge da intensa contemplação da vida e das coisas.

O aparente elementarismo sintético de seu procedimento oculta uma sutil astúcia intelectual. Os vários valores cromáticos são modulados com sensibilidade para misturar à nitidez do desenho a preciosa gama de uma palheta forte e vigorosa.

A obra Pastoral, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é uma demonstração de que não há nada de equívoco nesse procedimento que pretende recuperar valores nativos, onde transparece um sentimento de amor que se torna intérprete mais agudo dos caracteres de uma paisagem inconfundível.

O artista

Jaime Yesquénluritta nasceu em Chilayo, Peru, em 1939, e radicou-se em São Paulo a partir de 1962. Com uma bolsa de estudos cursou a Faculdade de Artes Plásticas Armando Álvares Penteado, entre 1963 e 1965.

Destacou-se nas seguintes exposições individuais: Galeria Interiors, Montreal, Canadá; Galeria Informal Art, Toronto, Canadá (1977); Galeria Saager, Câmera de Comércio Suíça e Câmara de Comércio Argentina, Zurich, Suíça (1978); Estúdio Elizabeth Wey, São Paulo, SP (1979); Galeria de Arte SESC, São Paulo, SP (1980); Galeria Babelidus, São Paulo, SP (1981); Espaço Cultural Chap Chap, São Paulo, SP (1988); Galerie Saager, Zurich, Suíça; Studio Wohlwend, Zurich, Suíça (1989); Galeria Portal, São Paulo, SP (1990/1992); Galerie Turm, Zurich, Suíça; Galerie Gabrielle Fliegans, Mônaco; Galerie Turm, Zurich, Suíça (1993); Galerie Staatstheater, Darmstadt e Galerie Burgerhaus, Glauhutten, Alemanha (1995); Galerie in Weiss, Volkestwil, Suíça (1996); Galeria El Catalejo, Marbella, Espanha (1997); Hospital Albert Einstein, São Paulo, SP (1998); Galeria Ponto das Artes, São Paulo, SP (1999); e Estúdio A" Angaa, Cunha, SP (2001).

Participou também de inúmeras coletivas tais como: I Salão de Abril do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, RJ; XV Salão Paulista de Arte Moderna, São Pauli, SP; II Salão de Arte Contemporânea de Campinas, SP; I Salão do Museu de Arte Moderna do Espírito Santo, Vitória, ES; III Salão de Arte Contemporânea de Brasília, DF; I Bienal da Bahia, Salvador, BA (1966); IX e X Bienal de São Paulo, SP; (1967/1969); Exposição da Jovem Arte Contemporânea, São Paulo, SP (1970); III Salão de Arte Contemporânea de São Paulo, SP (1971); Instituto de Cultura Hispânica, Madrid, Espanha (1973); XII Bienal de São Paulo, SP (1975); Galeria Durban, Madrid, Espanha (1977); Avry Galérie d"Art, Fribourg, Suíça (1978); Panorama da Arte no Museu de Arte Moderna do Estado de São Paulo, SP (1979); I Exposição de artistas plásticos joalheiros, São Paulo, SP (1980); Galeria Babelidus, São Paulo, SP (1982);Artexpo, Chicago, EUA (1993); Espaço de Arte Lucia Dantas, São Paulo, SP (1994).

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