Por iniciativa do deputado Simão Pedro (PT), a Assembleia Legislativa comemorou nesta segunda-feira, 8/3, o Dia da Comunidade Libanesa, instituído no Estado pela Lei 13.440/2009, de autoria do deputado. A data oficial da festividade é 14 de fevereiro, 14 de fevereiro, data do assassinato do mártir Rafic Hariri, ex-presidente do Líbano e um dos principais responsáveis pela reconstrução do país após a devastação de uma guerra que se arrastou por 15 anos, entre 1975 e 1990. O evento, que teve como foco a valorização da cultura libanesa, contou com a apresentação de documentário e de músicas típicas do país. Também houve a entrega do prêmio Rafic Hariri aos integrantes da colônia no Brasil que se destacaram pelo seu trabalho durante o ano de 2009. Entre os membros da comunidade libanesa em São Paulo, participaram da solenidade o padre Emile Eddé, representando o arcebispo maronita Dom Edgard Madi; Ahmad Hussein Hamoud, presidente da Confraria Chadilia Yachrutia do Brasil; Hassan Gharib, presidente da Associação Beneficente Islâmica do Brasil; e Abdul Nasser Rafei, presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas. Também compareceu ao evento o deputado federal Arnaldo Faria de Sá. Simão Pedro destacou que, embora se considere o início oficial da imigração libanesa para o Brasil em 1880, quatro anos depois de Dom Pedro II visitar o Líbano, há relatos de que esse povo já se fazia presente do Brasil desde 1808, ocasião em que um próspero comerciante libanês teria oferecido sua residência " onde hoje é a Quinta da Boa Vista " à família real portuguesa que aportava no Brasil. Também explicou que a comunidade libanesa no Brasil é formada por 6 milhões de imigrantes e descendentes, sendo maior do que a população do Líbano, de 4 milhões de pessoas. Os convidados citaram o espírito acolhedor do povo brasileiro, que os recebeu como irmãos. "Não nos consideramos estrangeiros, o Brasil é nossa segunda pátria, que nos acolheu de braços abertos", explicou padre Emile Eddé.