Presidente do Metrô não comparece a audiência pública na Assembléia

Luiz Carlos David justificou sua ausência dizendo que as investigações do MP e do IPT ainda não estão concluídas
30/01/2007 17:01

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Deputados Orlando Morando, Sebastião Arcanjo e Valdomiro Lopes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CSOP_CTC (13).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da Comissão de Representação formada para acompanhar as investigações sobre as causas do acidente da linha 4<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CSOP_CTC (7).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo, Luiz Carlos David, não compareceu à Assembléia Legislativa para a audiência pública marcada para as 14h30 desta terça-feira, 30/1. A comissão de representação formada para acompanhar as investigações sobre as causas do acidente da linha 4 recebeu carta de David alegando que não viria porque ainda não estão prontos os resultados da investigação que vem sendo feita pelo Ministério Público e por técnicos do IPT.

David afirmou ainda que encaminhou todos os documentos solicitados pelos membros da comissão na visita que fizeram à companhia na última sexta-feira, 26/1, e pediu agendamento de uma nova audiência pública quando houver elementos novos a apresentar.

A presença de representantes do sindicato dos funcionários do Metrô " que nesta terça-feira obteve do Tribunal Regional do Trabalho decisão favorável ao embargo da obra, por falta de segurança " fez com que vários deputados pedissem que a audiência tivesse prosseguimento, embora o motivo principal dela estivesse prejudicado.

Valdomiro Lopes (PSB), presidente da Comissão de Transportes e Comunicações, e Sebastião Arcanjo (PT), presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas, propuseram suspender a reunião para traçar uma estratégia de ação. Depois de muita discussão sobre o papel regimental da comissão de representação, em especial se ela tem poderes para convocar depoentes, ao invés de convidá-los, a sessão foi suspensa e os membros reuniram-se com o presidente da Alesp, Rodrigo Garcia, para encontrar uma solução para o impasse, o que ocorreu pouco antes das 19h. Foram aprovadas as regras de funcionamento da comissão e um cronograma de audiências, para ouvir técnicos do Metrô responsáveis pela fiscalização da obra, o departamento jurídico da Companhia do Metrô, o Sindicato dos Metroviários, represetantes da sociedade civil, as famílias das vítimas e os desalojados, bem como o ex-secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o atual secretário, José Luiz Portella, e o presidente do Metrô, Luiz Carlos David.

A comissão de representação é formada pelas comissões permanentes de Serviços e Obras Públicas e de Transportes e Comunicações e mais cinco deputados. No dia 26/1, a comissão realizou diligência à Companhia do Metrô para solicitar documentos sobre a construção da linha 4, como o processo de licitação e o contrato, e fixar a data da audiência pública do presidente Luiz Carlos David, na Assembléia. Segundo Sebastião Arcanjo, a data foi agendada com o próprio David, que confirmousua presença e o envio da documentação não disponível naquele ato.

Deputados petistas lembraram que a bancada vem solicitando há meses a abertura de uma CPI com a competência necessária para apurar a contratação do Consórcio Via Amarela e a execução do contrato da linha 4.

alesp