Os deputados Enio Tatto, Mário Reali, Adriano Diogo, Carlinhos Almeida, Sebastião Arcanjo, todos do PT, e Nivaldo Santana (PC do B), visitaram nesta quarta-feira, 17/1, o local do acidente na linha 4 (amarela) do metrô, onde prestaram solidariedade às famílias das vítimas, que acompanham as buscas. Os parlamentares foram acompanhados pelo vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros, Murilo Celso Atienza, e pelo engenheiro Henrique Santoro, especialista em métodos construtivos metroviários.Ao inspecionar o local do acidente, o deputado Sebastião Arcanjo disse "ser necessário o embargo imediato da obra". Para o parlamentar, não é possível realizar uma investigação correta com as obras em andamento. Já o deputado Adriano Diogo destacou que "o método construtivo escolhido para a obra favorece esse tipo de acidente e que o fato era previsível".Enio Tatto, líder da bancada, disse que, "provavelmente, houve economia na execução da obra e erro no modelo da contratação, fatos que ocasionaram esse acidente". Tatto informou que na próxima reunião do Colégio de Líderes partidários na Assembléia Legislativa colocará em pauta o pedido de instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o acidente da linha Amarela". O líder petista também criticou a falta de fiscalização da obra e o modelo "porteira fechada", usado para contratar o consórcio de empreiteiras, que não permite monitoramento do contratante, que é o governo do Estado.A bancada do PT, desde dezembro de 2005, vem denunciando o processo de contratação do consórcio responsável pelas obras, tendo inclusive protocolado um pedido de CPI, requerimentos de informação dirigidos ao secretário de Transportes Metropolitanos e representação à Procuradoria Geral de Justiça do Estado e sugerido a convocação dos responsáveis pelo Consórcio Via Amarela, composto pelas construtoras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Correa e Andrade Gutierrez e a empresa de transporte ferroviário Alstom.Os deputados irão protocolar também requerimento de informação dirigido ao presidente do Metrô, Luiz Carlos Frayze David, com o pedido dos contratos, projetos e cronograma físico-financeiro da obra da Linha Amarela.