A transparência e a delicadeza oriental na arte artesanal de Lourdes Alkmin

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
07/06/2006 18:42

Compartilhar:

Lourdes Alkmin<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Lourdes Alckmin.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O Repouso dos Tigres<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Lourdes Alckmin obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Arte ou artesanato? Artesanato da arte ou arte do artesanato?

A obra de Lourdes Alkmin, um misto de colagem sobre vidro

reunindo tecido e técnica mista, possui a delicadeza da arte oriental. Amante da natureza, a artista reúne em suas composições aves, animais predadores, florestas e riachos.

A transparência em suas obras filtra através do craquelê resultante de delicadas e sutis camadas de ouro. Encontramo-nos muito próximos a uma arte chinesa de cores esplêndidas, embora sem o seu academismo, pois o trabalho da artista é espontâneo e repleto de fantasia.

Lourdes Alkmin não teme ser classificada fora dos tempos hodiernos ao perseguir uma temática figurativa onde a paisagem ocupa sua preferência. Suas obras se apóiam sobre seguros dotes criativos, o que lhe permite brincar também com o risco da elegância narrativa, do tema de "gênero", sem sucumbir.

Na realidade a unificação das duas linhas de inspiração reside na unidade do sentimento com o qual a artista observa seres e coisas, através da serenidade e do otimismo, mas também com uma leve veia de sorridente ironia, de destacada indulgência.

Na obra "O Repouso dos Tigres" , doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o questionamento inicial pode persistir mas não devemos esquecer que na corte de Lorenzo "Il Magnifico", em Florença, não havia distinção entre arte e artesanato, pois o bom artista tinha de ser um bom artesão e este um bom criador.

A artista

Lourdes Alkmin nasceu em Paratinga, na Bahia, em 1946, onde realizou seus estudos básicos. Durante mais de 30 anos trabalhou no ramo têxtil paralelamente ao setor artístico.



Formou-se em artes plásticas, dedicando-se inicialmente à pintura e à tapeçaria arraiolo. Nos últimos cinco anos vem pesquisando uma técnica por ela própria desenvolvida, onde vidro, espelho e tecido unidos à arte do craquelê se transformam em obras de arte.

Participou de manifestações organizadas pelo Rotary Clube de Santos (2004); Rotary Clube de São Paulo e Alphaville Tênnis Clube (2004/2005/2006); Colégio Sion e O Bazar (2006). E realizou exposições na Câmara Municipal de Guarujá e no Espaço Cultural do Banco do Brasil, Guarujá, SP (2004); Espaço Cultural do Alphaville Tênnis Clube (2005); e Espaço Cultural da Ordem Rosacruz (2006).

Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp