Em campanha salarial desde o início de março, o Sindicato dos Supervisores do Magistério do Estado de São Paulo (Apase) defendeu na reunião realizada nesta terça-feira, 20/3, no plenário Tiradentes, a extensão aos aposentados dos abonos e gratificações dadas pelo governo para os funcionários que estão na ativa. "Hoje, mais de 30% do salário dos funcionários da educação é composto por abonos e gratificações, que não são repassados para os aposentados, o que cria uma defasagem e fere a isonomia de vencimentos do funcionalismo", afirmou Severiano Garcia Neto, presidente da Apase.Reunidos com a deputada Maria Lúcia Prandi (PT), 4ª secretária da Assembléia Legislativa, supervisores de ensino aposentados definiram estratégias para garantir melhoria salarial e extensão de abonos e gratificações para os inativos. A definição de um cronograma de visitas a parlamentares e estratégias de sensibilização do governo foram debatidas na reunião."O governo vive afirmando que o pagamento a aposentados compromete o Orçamento. Isto não é realidade. Na verdade, o servidor público sempre contribuiu para a previdência. O que ocorre é que o dinheiro foi utilizado para outros fins", reiterou Severiano.A deputada Maria Lúcia Prandi elogiou o trabalho da Apase, que não se limita à busca de melhorias salariais para os supervisores, mas também realiza diversos encontros e seminários para aprimorar a formação pedagógica dos trabalhadores da educação. "A Apase sempre desenvolveu um trabalho sério e busca garantir nesta campanha salarial a dignidade do servidor aposentado. Estamos muito preocupados com as declarações de membros do governo de que o critério para os reajustes salariais será o mérito, a produção. Não está claro como isto será feito, principalmente no caso do aposentado. Vamos esperar um esclarecimento do secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo", afirmou Maria Lúcia."O governo tem a obrigação de priorizar a educação e valorizar os dois maiores prejudicados: os alunos e os servidores", completou a parlamentar.