Criança e adolescente

Mauro Alves da Silva, representando o Fórum Jabaquara em Defesa da Criança e do Adolescente, informou que esse evento será realizado na próxima sexta-feira, 13/4. Lá serão discutidas medidas socioeducativas para retirar a criança e o adolescente da marginalidade e proteger seus direitos. Informou também que haverá um site para divulgação das ações que objetivem a proteção da criança e do adolescente.



Falta de manutenção

José Gomes Pinheiro, delegado da população de rua e albergues de São Paulo, afirmou que as autoridades dos Poderes Executivos estadual e municipal não cuidam devidamente da limpeza das ruas e espaços de lazer. Segundo ele, esses locais são transformados em depósito de lixo, como a praça 14 Bis. "Apesar de constantes denúncias, não são tomadas providências que venham a corrigir o problema", advertiu.

Parcialidade

A representante do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), Cremilda Teixeira, reclamou de dirigentes de escola da periferia do Guarujá que, ao apurarem denúncias de maus-tratos praticados por professores contra alunos, só ouviram um lado da questão, deixando de apreciar a versão das vítimas.

Segurança em Guarujá

Maria Lima Matos, delegada de polícia aposentada e presidente da entidade Mulheres em Defesa da Vida, reclamou mais uma vez do descaso das autoridades com a segurança da periferia de Guarujá, especialmente do morro do Macaco. Falou da falta de proteção aos próprios policiais, que também são vítimas da marginalidade. Em sua opinião, o serviço prestado não está em conformidade com as leis e tratados internacionais pelos direitos humanos. Declarou que só deixará de reclamar quando os 85 mil trabalhadores que habitam as 94 favelas de Guarujá estiverem adequadamente protegidos.

Melhoria da gestão pública

Sílvio Luiz Del Giudice, líder dos moradores do Jardim Tremembé, declarou que o Ministério Público e os representantes dos poderes públicos na esfera estadual e municipal agem de forma mentirosa, não cuidam de acabar com os desmandos e não tomam conhecimento da corrupção que grassa dentro das repartições, onde pessoas gerenciam de forma errada os recursos públicos. Conclamou os deputados estaduais a se juntarem a ele em sua luta pela defesa dos jovens.

Silêncio

José Henrique Demarques, do Movimento Estadual pelos Direitos da População em Situação de Rua, voltou a cobrar das autoridades municipais e estaduais mais energia na condução da apuração de mortes de moradores de rua. "Até agora, somente dois policiais estão detidos. Por que o prefeito Kassab e o governador Serra estão em silêncio sobre essas mortes?", questionou.

Menos privilegiados

Representando a Abam e o Diga Brasil Movimento Negro, Ricardo Souza, o "Manndella", afirmou que "o dinheiro do povo não é capim". Pediu aos deputados estaduais que atentem para a realidade dos mais fracos e desprotegidos. "A lei é tendenciosa, protege os mais ricos e deixa de funcionar da forma adequada para os menos afortunados", alertou. Pediu ainda que a direção da TV Record, que foi financiada com dinheiro público, abra um canal em defesa dos menos privilegiados.

Iamspe

A contrapartida de 2% que o governo estadual deve depositar para o Iamspe foi cobrada por Célia Martins, da Comissão Consultiva Mista do órgão. Segundo ela, o Hospital do Servidor é uma referência em vários setores e, sendo um hospital de última geração, mereceria uma atenção maior do governo do Estado. Ela aproveitou para pedir a reativação, na atual legislatura, da Frente Parlamentar em Defesa do Iamspe.

Hospital para Parelheiros

"Os moradores de Parelheiros e região, para terem atendimento médico, precisam se deslocar até o Grajaú. São 40 quilômetros", reclamou Josanias Braga, do Movimento de Saúde de Parelheiros. "Queremos um hospital de pelo menos 250 leitos em nossa região. Já pedimos aos governos municipal e estadual e não obtivemos nenhuma resposta. Agora vamos apelar para o governo Lula", advertiu.

Dívida interna do país

Do Movimento de Olho na Escola Pública, José Alves Silva chamou a atenção para a dívida interna do país, que, segundo ele, chega a R$ 1,1 trilhão. "A sociedade desigual deste país precisa refletir sobre os motivos que fazem a classe média liderar, atualmente, os crimes de alta periculosidade", alertou.

Assassinatos de jovens

Merice Andrade, da ONG Embu Guaçu em Ação, convidou os presentes e os leitores do Diário da Assembléia para a criação do Comitê Contra a Criminalização dos Jovens, que acontecerá no próximo domingo, 15/4, na rua Santo Antônio, 590. Ela leu um manifesto a favor da criação do comitê, advertindo para os 18.599 assassinatos de jovens entre 15 e 24 anos ocorridos entre 2002 e 2004. "Precisamos encontrar quem é o verdadeiro culpado pela violência que instalou na sociedade", refletiu.

Falta de transporte

A falta de transporte público no Jardim Icaraí, em São Bernardo do Campo, foi tratada por José das Mercês de Freitas, do Movimento Vanguarda dos Moradores do Jardim Icaraí. Segundo ele, quatro linhas já foram retiradas do local. "Os moradores se sentem mais seguros dentro de um ônibus", informou.

Educação Moral e Cívica

A volta da disciplina Educação Moral e Cívica ao currículo das escolas públicas foi pedida pela jovem Ana Cristina Silva, do Movimento Estadual pelos Direitos da População em Situação de Rua. Segundo ela, os jovens precisam refletir sobre direitos e deveres e sobre valores morais para que saibam respeitar principalmente as pessoas idosas ou portadoras de necessidades especiais.

Roubo de cabos e transformadores

José Leonilson de Queiroz Almeida, do Instituto Capivari Filhos da Terra, criticou a imobilidade do poder público, principalmente da subprefeitura de Parelheiros, que, segundo o orador, assiste sem esboçar qualquer reação ao roubo de cabos e transformadores em Engenheiro Marsilac. Leonilson chamou também a atenção para a necessidade urgente da reforma da ponte sobre o rio Capivari, que corre o risco de cair.

Falta de governabilidade

O descaso e o mau atendimento dos moradores de rua foram os tópicos abordados por Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua. O líder comunitário queixou-se ainda da falta de banheiros públicos na cidade de São Paulo, que poderiam ser utilizados não apenas pelos moradores de rua, mas por toda a população.

Centros culturais

A falta de critérios na montagem de exposições nos centros culturais foi alvo das críticas de Israel Machado, do Clube Idmach de Artes. Para Israel, os diretores dos centros não respeitam os artistas e os freqüentadores e promovem exposições medíocres.

Ação ilegal

Mário Aparecido de Souza, do jornal Folha do Pirajuçara, criticou a ação de grupo político que recolheu exemplares do jornal, com apoio de policiais civis. "A ação foi totalmente ilegal e motivada pelas denúncias publicadas", afirmou Mário.

Acusações infundadas

Para Fausto Ruy Pinato, funcionário da Assembléia Legislativa, o motivo para o recolhimento dos exemplares do jornal Folha do Pirajuçara foi a veiculação de acusações infundadas, sem que os acusados tivessem direito de resposta. Fausto criticou o jornal, que se utiliza de veículos e funcionários da prefeitura para a sua distribuição.

Ações de ONGs

"Só a ação da sociedade, independente dos governos, poderá reverter o quadro de violência que se instalou neste país", afirmou Joeder José de Souza, do Manos de Paz Associação Educacional. Para ele, a sociedade deve apoiar as ações desenvolvidas pelas ONGs como forma de redução da violência.

Cuidar dos vivos

Citando conselheiro de Dom João III, após terremoto que atingiu Lisboa (Portugal) em 1755, Anderson Cruz, do Instituto Educação São Paulo, afirmou que é preciso "cuidar dos vivos, enterrar os mortos e fechar os portos". Para o orador, a sociedade deveria cuidar dos vivos, enterrar com respeito as vítimas da violência e evitar que os mesmos erros sejam cometidos. Anderson criticou aqueles que muito pregam mas dão os piores exemplos.

O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis­lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res­pon­sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.