Edson Teigi pinta com surpreendente magia em defesa da fauna terrestre

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
05/06/2006 16:01

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Edson Teigi Hirae<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Teigi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O Leão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Edson Teigi Leao.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A primeira impressão que temos ao observar a pintura de Edson Teigi é aquela de uma grande serenidade de dimensões ilimitadas. O artista não hesita em recorrer a soluções formais, como a ruptura dos planos e a decomposição rítmica do tema central, que lembram as antigas estampas japonesas, naturalmente em linhas contemporâneas.

Em tal modo se formam espaços planos e contrastantes de curiosas manchas de cores que lembram a estética das colagens, que constituem o tecido cromático da paisagem e que, semelhantes a rios de cor aplicados sobre a tela, a impregnam de uma surpreendente magia.

Teigi tece a trama de seus contos enfocando exemplares da fauna terrestre, atento não tanto ao animal que o fascina, mas às suas metamorfoses e mutações, num espaço que não é mais de realidade, mas no qual toma sempre mais forma uma condição, um estado de sensibilidade, uma própria solitária e serena meditação.

Ora a tensão, ora o choque, ora o encontro, esses fragmentos de cor tendem a encontrar um ponto central, o espaço onde o pintor transcreve sua vida cotidiana de ser humano. Assim como ela se delineia na substância real do tempo " feita de desacertos e reencontros, de silêncios e descobertas, de vazios e doces presenças, de feridas e de carícias, de dilacerações e de sonhos ", assim como se torna gesto carregado de nós mesmos, se transforma em pintura.

Através da obra O Leão, oferecida ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Teigi deixa aflorar as imagens e os sinais de seu interior, sem nenhuma preocupação, senão aquela de ser verdadeiro, autêntica testemunha, quem sabe de uma fábula ainda possível, como a história do Rei da Selva, como a história de nós mesmos num mundo melhor.



O artista

Edson Teigi Hirae nasceu em Maringá, Paraná, em 1959. Filho de pai farmacêutico e também artista plástico, e de mãe imigrante do Japão, teve na infância forte influência da escola oriental (Nihongako). Mudou-se para Mato Grosso do Sul. Cursou o ensino ginasial no Instituto Americano de Lins, onde aprendeu marchetaria, marcenaria e artes em geral. Estudou em São Paulo, no Instituto de Arte e Decoração, simultaneamente com a Escola Panamericana de Artes, onde formou-se com distinção. Freqüentou, também, a Universidade de Marília, onde concluiu o curso de educação artística.

Realizou inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se entre outras: Galeria Senac de Novos Artistas, Marília, SP; II Exposição de Artes de Pereira Barreto, São Paulo (1990); Arte-Natureza, Pereira Barreto, SP; Expoatração de Arte, Ilha Solteira, SP (1991); Mostra de Artes Casa da Cultura, Ilha Solteira, SP; Cor, Ritmo e Movimento. Casa da Cultura Cora Coralina, Andradina, SP; IX Congresso da Sociedade Botânica de São Paulo, Ilha Solteira, SP; Casa da Cultura, Ilha Solteira, SP (1992); Casa da Cultura, Ilha Solteira, SP; IV Mostra Municipal de Arte e Artesanato da Estância Turística de Presidente Epitácio, SP (1996); Unesp Ilha Solteira, SP; Câmara Municipal de Ilha Solteira, SP; Centro Municipal de Aprendizagem, Ilha Solteira, SP (2001); Galeria Ponto das Artes, São Paulo; I Exposição de Belas Artes, Ilha Solteira, SP; Ipê Park Hotel, Ilha Solteira, SP; Anglo, Ilha Solteira, SP (2002).



Participou ainda dos seguintes salões oficiais no Estado de São Paulo: I, II e III Expoartis de Ilha Solteira, SP (1982, 1984 e 1985); XI, XII, XIII, XIV e XV Salão de Verão de São José do Rio Preto, SP (1992, 1993, 1994, 1995 e 1996); XXX Salão Ararense de Artes Plásticas Contemporâneas, Araras, SP; XV Salão Oficial de Belas Artes de Matão, SP (1992); X Salão de Artes Plásticas de Presidente Prudente, SP (1995); Mapa Cultural Paulista, Ilha Solteira, SP (1996, 1998, 1999 e 2000).

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