Entregue na Assembleia o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos


23/11/2009 22:21

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Vladimir Herzog<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/vlado1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Akio Ogawa, Riskala Tuma, Walter Feldman, Claudio Lottenberg, Fernando Capez, Waldir Agnello, Boris Ber e Antonio Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/PREMIOMESA_0023ZE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por solicitação do deputado Fernando Capez (PSDB), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e o Instituto Vladimir Herzog entregaram o Prêmio Vladimir Herzog para jornalistas que estimularam a luta pela cidadania, contra todo tipo de tortura e exclusão social e, ainda, pelos direitos à moradia, educação e saúde.

Durante a homenagem, o presidente da Conib, Claudio Lottenberg, declarou-se contra a presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, no Brasil, no que recebeu o apoio de Capez e parte dos componentes da Mesa.

A primeira edição do prêmio aconteceu em 1978, organizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, Comitê Brasileiro de Anistia, Comissão de Direitos Humanos da OAB, Comissão de Justiça e Paz da Cúria Metropolitana/SP, Associação Brasileira de Imprensa e Federação Nacional dos Jornalistas. Recebeu apoio imediato das agências e jornais internacionais, que acompanhavam as ações repressivas, os atentados à liberdade de imprensa e, principalmente, as denúncias de desrespeito aos Direitos Humanos e de perseguição àqueles que lutavam pela redemocratização do país. Anualmente são premiadas onze categorias: Livro-reportagem, Artes, Fotografia, Jornais, Literatura, Rádio, Revista, Teatro, TV-Documentário e/ou Especial/TV, Jornalismo Diário e Imagem de TV.

Presentes ao evento, José Augusto Camargo, presidente do sindicato dos jornalistas, e Clarice Herzog, viúva de Vladimir, ouviram de Capez o quanto a sociedade precisa dos valores que o prêmio representa e que tem o nome da "vítima mais conhecida de um período que se quer esquecer". O presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz, fez questão de participar da abertura do evento cumprimentando Capez pela iniciativa de promover a premiação, associando-se a ele na homenagem a Vladimir e aos 37 premiados.

Presente também ao evento, Ivo, filho de Vladimir, lembrou que apesar de recente, o Instituto Vladimir Herzog já tem algumas realizações, como o Prêmio Jovem Jornalista, que teve a primeira edição neste ano, e seu apoio ao Sindicato dos Jornalistas na entrega do prêmio que leva o nome de seu pai. Ivo contou ainda que o instituto pretende oferecer, em associação à USP, um curso de extensão universitária em Jornalismo de Direitos Humanos para 2010.



Vladimir Herzog

Vladimir Herzog, nascido Vlado Herzog na antiga Iugoslávia e naturalizado brasileiro, foi jornalista, professor, dramaturgo e fotógrafo.

Preso em razão de sua atividade na luta contra o regime autoritário, Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI, órgão de repressão do governo militar. Sua morte, em 25 de outubro de 1975, causou impacto no governo autoritário e na sociedade brasileira da época, marcando o início de um processo pela democratização do país.

Em 2009, mais de 30 anos após a morte de Vladimir, foi criado o Instituto Vladimir Herzog, que se destina a três objetivos: organizar todo o material jornalístico sobre a história de Vladimir, como meio de auxílio a estudantes, pesquisadores e outros interessados em sua vida e obra, promover debates sobre o papel do jornalista e também discutir sobre as novas mídias, e, por fim, ser responsável pelo Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que premia pessoas envolvidas no jornalismo e na promoção dos direitos humanos.

alesp