Lançada Frente Parlamentar Basta de Apagão

Na reunião foi consenso que é alto o custo dos serviços das concessionárias
16/03/2012 19:02

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Lançamento da Frente Parlamentar Basta de Apagão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/APAGAOMMY.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Milton Flávio, Luisa Nagib Eluf, Sebstião Santos, Adilson Rossi, Marcos Neves, Carlos Cesar, Ed Thomas, Vanessa Damo e Orlando Bolçone <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/APAGAOMMY6470.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Carlos Cavalcanti<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/APAGAOMMYCarlosCavalcantimmy.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta terça-feira, 13/3, no auditório Franco Montoro, foi realizado o ato de lançamento da Frente Parlamentar pela Melhoria da Qualidade dos Serviços das Concessionárias de Energia Elétrica do Estado de São Paulo, ou Frente Parlamentar Basta de Apagão. Na reunião, presidida pelo coordenador da frente parlamentar, Marcos Neves (PSB), a deputada Vanessa Damo (PMDB) foi eleita vice-presidente, e foi aprovado o regimento interno da frente.

Estiveram presentes à cerimônia os deputados Adilson Rossi, Carlos Cesar, Orlando Bolçone e Ed Thomas, todos do PSB, Sebastião Santos (PRB), Itamar Borges (PMDB), além dos representantes da Fiesp, Carlos Cavalcanti, do secretário estadual de Energia (José Anibal), Milton Flávio, do Sindicato dos Eletricitários, Fábio de Carvalho, do Ministério Público estadual, procuradora Luísa Eluf, e da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria, entre outros.

Marcos Neves explicou que a razão de sua iniciativa de criar a frente foram os apagões ocorridos em junho de 2011, na capital e em oito cidades da Região Metropolitana, prejudicando a vida de milhões de pessoas. Seu principal interesse é que haja qualidade no atendimento dados pelas concessionárias de energia do Estado " Eletropaulo, CPFL, Elektro, Bandeirantes e CPFL Piratininga.



Alto custo



Segundo o representante da Fiesp, Carlos Cavalcanti, a energia elétrica produzida no Brasil é hidrelétrica, que é segura, limpa, competitiva e das mais baratas que existem. Esclareceu que a energia elétrica não é de propriedade de ninguém no Brasil; o que existe são ativos da União, que pode conceder, por meio de leilão às concessionárias, a exploração do serviço pela iniciativa privada. "A margem de lucro das concessionárias é enorme - o que tem custo de operação de R$ 6 chega ao consumidor por R$ 300. Em 2015 vence o contrato das atuais concessionárias, e estas pretendem prorrogar sua concessão. Estamos fazendo campanha para que a concessão a estas empresas não seja renovada; primeiramente porque é ilegal, e depois porque temos o direito de fazer leilões para termos empresas que nos possibilitem pagar menos pela energia que consumimos."

Para a procuradora Luísa Eluf, precisamos ter energia melhor e mais barata. Concordando com o representante da Fiesp, Luísa disse que as concessionárias têm lucro absurdo, já que o Brasil é o terceiro país onde a energia custa mais caro com um custo de produção dos mais baratos. "Que nossos bolsos não sejam assaltados por interesses escusos da iniciativa privada". Falou da defasagem dos serviços oferecidos pelas empresas concessionárias: "Basta cair um raio para apagar tudo". Mostrou-se favorável ao leilão, em 2015, para que outras concessionárias possam prestar o serviço a preços menores.



A Frente



Orlando Bolçone também se disse favorável ao leilão em 2015 para "termos a oportunidade de reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços". Itamar Borges, Sebastião Santos e Vanessa Damo falaram sobre a importância da frente, pois os apagões trazem consequências extremamente sérias, comprometendo a qualidade de vida da população.

Carlos Faria, da Associação Nacional de Consumidores de Energia Elétrica (Anace), mostrou dados técnicos sobre capacidade de geração de energia das hidrelétricas, citou os problemas de atendimento em horários de pico, a alta carga tributária brasileira e a experiência com energia eólica. O representante do Sindicato dos Eletricitários, Fábio Carvalho, lembrou que já foi instalada uma CPI na Assembleia tratando do mesmo assunto, mas que não deu em nada. Reclamou dos prejuízos causados, como terceirização do setor energético no Brasil. "Estamos buscando a federalização do serviço elétrico", defendeu. Milton Flávio afirmou que os trabalhos da frente poderão ajudar a Secretaria de Energia que, segundo ele, vem fazendo um enfrentamento às concessionárias. Outra iniciativa citada por Flávio foi a contratação de centenas de técnicos neste verão para atuar no setor. "Não fosse esta iniciativa, os apagões teriam sido maiores". Finalizando a reunião, o deputado Carlos Cesar declarou que queremos energia elétrica de qualidade com preço justo.

alesp