Palestinos comemoram dia internacional de solidariedade


29/11/2005 10:33

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Convidados<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/solpalestina51rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Solene para comemorar o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/solpalestina515rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/solpalestinos04rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Yahya Al Nahlawi, Socorro Gomes, Said Mourad, Ana Martins, Jamil Murad, Farid Suwan e na tribuna, Pedro Tobias<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/solpalestina545rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Sessão solene realizada nesta segunda-feira, 28/11, na Assembléia Legislativa, comemorou o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. A solenidade, iniciativa do deputado Said Mourad (PSC), foi presidida pela deputada Ana Martins (PCdoB). Estiveram presentes o presidente da Confederação Palestina do Brasil, Farid Sawan; o vice cônsul da República Árabe da Síria, Yahya Al Nahlawi, representando o cônsul geral Ghazzi Dib; o deputado federal, Jamil Murad (PCdoB); o vice cônsul da República Árabe da Síria, Yahya Al Nahlawi; o presidente da Confederação Palestina do Brasil, Farid Suwan; o presidente da Sociedade Árabe Palestino Brasileira de São Paulo, Kaled Toom; e o presidente do Centro de Divulgação do Islam para América Latina, Ahmad Ali Saifi.

O Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino é uma data instituída pela Organização das Nações Unidas, e promulgada em 1984, no Estado de São Paulo, pelo então governador Franco Montoro, através de lei do ex-deputado estadual, Benedito Cintra.

O dia 29 de novembro tem sido nos últimos anos uma data em que milhares de pessoas em todo o mundo se manifestam contra a ocupação dos territórios palestinos pelo Estado de Israel, há 58 anos atrás. As reivindicações da comunidade palestina são a criação de um Estado independente, a retirada das tropas israelenses e a retomada das terras tomadas pelo Estado de Israel em 1967.

O deputado Said Mourad, ao dizer que seu mandato é solidário à luta do povo palestino, defendeu o estado palestino soberano, com Jerusalém como capital. Ele destacou: "Defendemos o direito internacional, o respeito entre os povos e o cumprimento às resoluções da ONU. Lutamos também pela tolerância racial, étnica e religiosa. Desde a ocupação de suas terras, os palestinos vêm resistindo heroicamente e agüentando todo tipo de privações. São perseverantes e sempre aguardando a independência de fato. Resistência esta legitimada pelas resoluções da ONU, que asseguram a qualquer povo lutar contra a ocupação de seus territórios por forças estrangeiras."

Mourad acrescentou ainda que, a cada passo dos palestinos em direção a paz, os governos israelenses caminham em direção à guerra e à discórdia. Como exemplo, lembrou o muro levantado pelos israelenses, que, segundo ele, agrava ainda mais a situação das famílias palestinas. "A maioria das nações e a ONU consideram o muro ilegal e arbitrário. Apesar disso os israelenses insistem em mantê-lo", afirmou.

A comemoração contou ainda com a participação do coordenador de Relações Internacionais da Unicamp, Mohamad Habib; do presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Paulo Attallah; do presidente honorário da Federação de Entidades Árabes das Américas, Rezkalla Tuma; e do presidente da Federação de Entidades Árabes-São Paulo, Eduardo Elias.

Durante a solenidade na Assembléia Legislativa, houve uma menção especial ao ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, que morreu em 11 de novembro do ano passado. Os participantes da sessão solene fizeram um minuto de silêncio em memória do líder palestino, cujas bandeiras de luta foram destacadas por representantes da comunidade palestina no Brasil.

A questão palestina

Em 1947, a ONU definiu a resolução que dividiu o território em duas partes. O Estado judeu deveria ter ficado com 54% da terra chamada de Palestina histórica. Os palestinos ficariam com 44%, e 2% seriam destinados a Jerusalém como cidade internacional. Em 1948, entretanto, Israel ocupou mais 24% do território, totalizando 78%. O que sobrou para os palestinos foi 22%, hoje conhecido como Faixa de Gaza e Cisjordânia. Em 1967, Israel ocupou 100% do território palestino, na guerra de Yom Kippur.

Neste ano, em cumprimento ao Plano Sharon, Israel iniciou a retirada dos colonos judeus dos assentamentos na faixa de Gaza e Cisjordânia. Contrariando algumas previsões, o processo não foi longo nem houve explosão de violência.

Os refugiados

Em 1948, foram destruídas quase 400 aldeias palestinas e isso gerou 700 mil refugiados. A solidariedade aos refugiados baseava-se na defesa do direito de retorno destes, que somavam quatro milhões. As autoridades palestinas sabiam que todos não voltariam, mas queriam que Israel reconhecesse a responsabilidade histórica e moral sobre a questão.

A Palestina propõe que a cidade santa seja definida como a capital para os dois Estados, ou seja, dividida entre os dois. Esse conjunto de questões são as bandeiras do Estado palestino independente e soberano.

alesp