A base da escultura de Bárbara Spanoudis: reciclagem de sucata e defesa da ecologia


12/07/2007 12:55

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Barbara Spanoudis<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/BarbaraSpanoudis%20(foto).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Triângulos I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/obrabarbara2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As soluções que Bárbara Spanoudis dá às suas esculturas em relação à arquitetura são caracterizadas por um estilo forte, sóbrio e pleno de tensões. Criando formas geométricas, que aproximam sua construção a um mundo mais leve, mais transparente e mais ordenado que o mundo da arquitetura, sua obra está, entretanto, em harmonia com a própria arquitetura. Se algumas vezes a verdadeira harmonia inexiste, deve-se sobretudo ao fato de que a arquitetura e a escultura não são do mesmo nível artístico.

Bárbara Spanoudis explora todas as possibilidades abstratas que existem espacialmente entre a arquitetura e a escultura. Ao contrário de sua pintura, a escultora dá ênfase à verticalidade em suas obras, que lembram árvores de caráter construtivista, mas que não perdem uma certa poesia e sua qualidade etérea. Por sua vez, ela desenvolve uma força de expressão acentuada pelos retalhos de madeira que reúne nessa "assemblagem" escultural.

O olhar do espectador perscruta os movimentos dos motivos dessas esculturas. São movimentos independentes, mas a impressão que colhe é a da interdependência desses motivos no seio da unidade geral na qual são integrados.

Em sua obra Triângulos I, doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, reúne num só feito uma atitude de defesa da ecologia e da reciclagem artística da sucata de um marceneiro.



A artista

Bárbara Schubert Spanoudis nasceu em Dessau, Alemanha, radicando-se no Brasil a partir de 1938. Estudou Desenho e Pintura em São Paulo e em Porto Alegre. De 1952 até 1955, prosseguiu seus estudos na Academia de Artes de Duesseldorf, Alemanha.

De volta ao Brasil, participou de exposições coletivas e individuais, dentre as quais: V Salão Paulista de Artes Moderna de São Paulo (1956); XV Salão Paulista de Artes Moderna de São Paulo; "10 Artistas Geométricos", Santo André (1966); XVI Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo (1967); II Salão de São Caetano do Sul; Galeria Espaço, São Paulo (1968); II Salão de Artes Plásticas do Noroeste, Penápolis; "Construtivistas e Figurativos da Coleção Spanoudis" - Centro de Artes Porto Seguro, São Paulo (1978); "Coleção Theon Spanoudis" - Museu de Artes Contemporânea da Universidade de São Paulo (1979); II Salão Paulista de Artes Plástica e Visuais, São Paulo (1981); X Salão de Arte Contemporânea, Santo André; II Mostra de Colagem, São Paulo; Kouros Gallery, New York, Estados Unidos; I Salão Paulista de Artes Moderna - Bienal - São Paulo (1982); Brazilian - American Cultural Institute, Washington, Estados Unidos (1983); III Mostra de Colagem, Museu de Imagem e do Som, São Paulo (1984).

Suas obras estão em coleções particulares no Brasil, Alemanha, Holanda, Itália, Grécia, Argentina, Suíça e nos acervos oficiais do Museu de Artes Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC) e do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp