As composições florais de Sophia Tassinari exalam vida e o perfume da primavera

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
05/07/2006 16:01

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Atenta na disposição dos tons, Sophia Tassinari se transforma em intérprete da festa das cores que a primavera promete às árvores, aos jardins, aos campos e às florestas. Ela dispõe a matéria com a mesma paciência da natureza ao desabrochar cada flor nos ramos de um ipê.

Ela recolhe em grandes telas as impressões felizes da estação almejada, assim como transmite a uma paisagem de verão o áfano e o calor do clima que nos envolve. Diversos momentos, mas também diversas técnicas compõem sua pintura, que reflete o próprio estado de alma antes mesmo da elaboração da obra, sempre com profundo respeito pela realidade.

Suas flores são retratadas com um particular "esprit de finesse". A artista parece conservar para si e para seus amigos as numerosas experiências colhidas através do tempo nas diversas latitudes. O romantismo de Sophia Tassinari é, pois, o resultado de uma lenta maturação e não portador de escolhas apressadas.

Composições ricas de acentuações vibrantes e permeadas de luzes interiores parecem janelas que se entreabrem sobre uma paisagem ideal, quase a nos impulsionar a um íntimo colóquio com as belezas do Criador. Quando falava de suas obras, a artista o fazia com a doçura e a delicadeza de uma mãe para com seus próprios filhos, sem, entretanto, enaltecê-los, consciente da própria realidade.

Pintura robusta e bem enquadrada, revela o temperamento profundo e expressivo da artista, ao mesmo tempo que uma segurança límpida de conceitos e de finalidade. Sophia Tassinari soube, com rara habilidade, unir esse temperamento à poesia das visões e dos caracteres, isto é, transmitir sentimento e palavra à sua obra, onde a luz torna-se elemento essencial na sua construção.

As composições "Primavera" e "Flores no Meu Jardim", oferecidas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, impressionam pela sua espontaneidade e exalam vida e o perfume da primavera.

A artista

Sophia Tassinari nasceu em São Paulo em 1917 e faleceu em 2005. Começou seus estudos artísticos com Theodoro Braga e realizou um curso de modelo vivo na Universidade Mackenzie. Estudou, ainda, com Anita Malfatti, Mário de Andrade e o Grupo Guanabara. Especializou-se em restauração de quadros na Itália e na França.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas e salões de artes, destacando-se entre eles: Galeria Benedetti, São Paulo (1946); XII Salão do Sindicato de Artistas Plásticos de São Paulo; "Peintres Bresiliens Contemporaines, Musée National, Beirute (1947); Teatro Municipal de São Paulo (1948); Grupo Guanabara, São Paulo (1958 e 1959); Azulão Galeria, São Paulo (1967 e 1970); "Primitivos Brasileiros", Madri, Espanha; "Naïfs Brasilenõs", Club Pueblo, Espanha (1970); Salon d"Automne, Grand Palais des Champs Elysées, Paris (1971); "Pittori Brasiliani", La Galeria Cavalieri Hilton, Roma (1972); Câmara Municipal de São Paulo (1975); Galeria Sharp, Belém, Pará (1976); Salão de Penápolis; Galeria do Centro Campestre do Sesc, São Paulo (1978); Museu de Arte de São Paulo; Galeria de Arte Monalisa, São Paulo (1980); Galeria de Arte Rubaiyat, São Paulo; Galeria Jardim Contemporâneo, Ribeirão Preto (1984); Mostra Co-nexus, Museum of Contemporany Art of New York (1986); "As Flores do Meu Jardim", Museu Banespa, São Paulo (1989); Choice Galeria de Arte, São Paulo (1991 e 1994); "Antropofagia", Palácio dos Bandeirantes, São Paulo (1994 e 1995); "Primaveras de Sophia", Galeria Portal, São Paulo; "Mostra do Terceiro Milênio", Galeria André, São Paulo (2000).

Possui obras em coleções particulares do Brasil e no exterior, nos acervos do Museu Anchieta, no Pátio do Colégio, no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e no Museu da Escultura ao Ar Livre.

alesp