Típicas da pop-art, Luiz Ferreira cria obras psicodélicas com efeitos luminosos e de profundidade

Acervo Artístico
20/07/2005 15:38

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Pequenos pontos manchados de cores e formas multiplicadas sobre a superfície da tela constituem uma constante que permite a Luiz Ferreira combinar elementos e cores tanto do psicodélico quanto do grafismo minucioso. E o resultado é uma obsessiva e alucinatória reiteração de detalhes.

Típica do movimento pop-art, a pesquisa desse artista é rigorosa e em contínua progressão, embora não seja inovadora. Procurando novas soluções formais, ele parte de alguns poucos elementos que se impõem para alcançar ao máximo de impacto estético. O efeito final é próximo do entrelaçar dos sinais típicos do informal, dos pingos de Pollock e Marck Tobey aos contrastes quase violentos das pinceladas de De Kooning.

Muita coisa na obra de Luis Ferreira é deixada ao acaso, as cores escolhidas se combinam entre si em formas inesperadas. Suas obras atuais alcançam uma abertura cromática surpreendente e equilibrada. Com tudo isso, o artista busca de toda maneira conquistar o espaço, dar vida a volumes e espessuras, trabalhar eventuais transparências, condensar o conto numa imagem, evidentemente com sucesso.

Na obra Ramalhetes, doada ao Acervo Artístico do parlamento paulista, suas minúsculas figurações florais coloridas, de formas semelhantes mas diferenciadas, criam um efeito de luminosa profundidade.

O Artista

Luiz Ferreira, pseudônimo artístico de Luiz Antonio Ferreira, nasceu em Santos, SP, em 1944. Formou-se em Economia pela Faculdade Católica de Santos em (1969). Durante a década de 80, freqüentou diversos ateliês de artistas como José Simeone, São Paulo, e Chlau Deveza, Rio de Janeiro, onde convive com artistas como Burle Marx e Aloísio Carvão entre outros.

Em 1986, conheceu o artista japonês Tomoo Handa, fundador do Grupo Seibi, o qual foi de suma importância para sai definição para seus trabalhos. De 1991 a 1994, fez oficinas de desenho, pastel seco, aquarela e pintura com Danton de Lucca, em 1997, iniciou trabalhos no atelier de Osmar Pinheiro onde permanece até 2000.

Participou das seguintes exposições individuais e coletivas: "Panorama", 1ª Mostra de Artes Plásticas, Secretaria de Cultura de Santos, SP (1994); "Talentos Michelangelo", tendo sido premiado com um curso na Parsons School of New York, EUA (1994 e 1995); Casa Cor; Salão Bunkyo, Sociedade de Cultura Japonesa (1999); "Urbanidade", Galeria de Arte São Paulo; Casa Natal, Ateliê do Dono da Casa, Santos, SP; Museu Brasileiro de Arte e Cultura, SP (2002); CCBU, Galeria de Arte, Santos; "São Paulo Nossa Cidade", Museu de Arte de São Paulo (2003); Museu Brasileiro da Escultura; "Tessituras Urbanas", Espaço Cultural Yu Cerâmica, Vinhedo, SP (2004); "Urbanidade II", Sojal, SP; Projeto Planta Álacre, exposição itinerante, Vinhedo São Paulo (2005).

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