Turismo étnico é discutido em seminário


29/10/2007 19:52

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Seminário Cultura e História Afro-Brasileira, uma Referência para o Turismo Nacional<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CULTURA AFRO BR  11  MARCIA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Realizou-se nesta segunda-feira, 29/10, o seminário Cultura e História Afro-Brasileira, uma Referência para o Turismo Nacional. A mesa de debates foi composta por Francisco Henrique Oliveira Júnior, presidente da Associação Nacional do Turismo Afro-Brasileiro (Antab) e da Expoafro; Marlene Cassimiro, tecnóloga em Turismo, jornalista e membro da Antab; Evaristo dos Santos, da Associação de Anemia Falciforme de São Paulo; Vera Lúcia Vieira, representante de gastronomia (coquetéis exóticos) da Antab; Wilson Roberto Levy, vice-coordenador da Associação Cultural e Educacional Zulu Nation Brasil; Sônia Ramos, da revista Livre Mercado e coordenadora de marketing da Zulu Nation Brasil; e Paulo Amaral, comerciante e membro da Antab.

Francisco Henrique Júnior anunciou que o seminário é parte de diversas ações pela causa afrodescendente e referiu-se às suas gestões para a participação em diversos eventos em 2008, de forma a abordar, além do turismo temático, o papel do negro na construção do Brasil. Considerou que a realização de atividades turísticas e comerciais envolvendo afrodescendentes deveria gerar dividendos à comunidade, o que não acontece.

Sonia Ramos ressaltou a necessidade de se criar uma agenda específica para a juventude e lamentou que "os poucos negros que chegam ao poder esquecem sua luta". Reclamou da falta de divulgação de programação comemorativa ao Dia da Consciência Negra, 20/11.

Evaristo dos Santos pediu a implementação de políticas públicas sobre a anemia falciforme, doença hereditária que "mata mais que a Aids" é que é ignorada pela classe médica, citando pesquisa de Berenice Kikuchi sobre o mal. Comentou também a inclusão do fim do racismo entre os objetivos da ONU para o milênio.

Wilson Levy descreveu as origens do movimento hip hop, e citou as oficinas existentes em Diadema, com parceria da prefeitura. Lamentou que a inclusão da história da África na grade curricular das escolas não tenha sido ainda efetivada, por falta de preparo de professores.

Ao término do seminário, Francisco Henrique Júnior informou que pretende agendar reunião com o presidente da Alesp e demais deputados para expor as demandas da população afrodescendente.

alesp