O discurso pictórico de Inêz Shibata nasce da fusão do espírito e da poesia

Acervo Artístico: Emanuel von Lauenstein Massarani
09/11/2004 14:00

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Ecologia Amazônica<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/inezobra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Inêz Shibata<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Inez.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rede de pesca<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/rede de pesca.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da fusão do espírito e da poesia nasce o discurso pictórico de Inêz Shibata. E o resultado é uma proposição ideal, destilada da memória como linfa espontânea e prodigiosa de um processo estético e interior. Sobretudo, interior. A imagem pictórica se utiliza de momentos líricos que brotam no amplo repertório visual e o campo operativo se move na área do moto introspectivo.

A artista escolheu na pintura o caminho do naturalismo, dedicando-se com paixão à linguagem que exprime através do pontilhado e das cores, jogando-se nos braços da natureza brasileira, que a encanta e a envolve. A sinceridade é o caráter basilar da arte e em suas obras se manifesta de modo dominante. Este impulso da verdade é o fundamento de uma personalidade que evolui a cada obra.

Uma reminiscência pontilhística, vitalizada pela inclusão de zonas cromáticas com relevos luminosos de contraponto, é colhida no desenrolar do seu ditado pictórico. Um influxo natural e benéfico é determinado também por um leve sabor romântico. Esse sentimento aparece na transposição pictórica intermediada sobretudo pela cor. Do impasto cromático, ou melhor, do pontilhismo, a artista extrai aquela síntese formal que cria sugestivas paisagens campestres ou marinhas carregadas de pathos poético.

A imprescindível e apaixonada transfiguração do dado exterior que nasce da artista e se encontra na base de sua criatividade pictórica, de modo especial entre sua capacidade inventiva e a íntima representação dos seus mais reservados sentimentos. Esta é a razão de ser de uma artista sensível e profunda, da envergadura de Inêz Shibata.

Em Rede de pesca e Ecologia Amazônica, obras doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, a artista procura na natureza virgem brasileira, na solidão e no silêncio as palpitações e os ecos de uma vida junto às origens e às fontes.

A artista

Inêz Shibata, pseudônimo artístico de Inêz Mea Shibata, nasceu em Sete Barras, interior do Estado de São Paulo, em 1933. Estudou pintura e desenho com os professores Massao Okinaka e Alina Okinaka. Em 1992 mudou-se para o Japão, terra natal de seus pais, onde durante 11 anos se dedicou ao aperfeiçoamento técnico e artístico. No início de 2004 retornou ao Brasil. instalando em São Paulo sua residência e seu ateliê.

Desde 1960 participa de exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: Salão do Grupo Seibi, SP (1960, 1962 e 1964); "Arte Feminina", SP (1960 e 1961); 3º, 5º, 6º, 13º, 14º, 18º e 19º Salão de Artes Bunkyo, SP (1974, 1976, 1977, 1984, 1985 e 1989); 2º Prêmio Paleta de Ouro de Artes Plásticas (NACNE) e Salão Leonistio de Santos, SP (1986); "Pintores Nipo-Brasileiros", Maringá, PR; Chapel Art Show, SP (1989); 47º, 48º, 49º, 50º, 51º, 52º, 53º e 55º Niki, Tóquio, Japão (1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999 e 2001); 1º e 2º Mostra do Grupo Shinsei, Tóquio, Japão (1994, 1995, 1996, 1997 e 1998); Espaço Cultural do Banco Gunma, Gunma, Japão (1994); Galeria Art O-Two, Tóquio, Japão (1995); 12º, 13º, 14º, 15º, 16º e 17º Tóquio Niki, Japão (1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 e 2001) ; Galeria Ginza-Kan, Tóquio (1997) ; 6º Exposição Internacional da Paz e "Flores e Pintores", SP (1998); 1º, 2º e 3º Rokkakai, Japão (2000, 2001 e 2002); Associação de Pintoras, 12º Arte Internacional, 10º e 11º Morfo e 5º e 6º Art Mirai (2000 e 2001); 13º Prêmio Internacional de Arte, 2º Eart, Girassol e Setagaya Heiwa de Arte, Tóquio, (2001).

Entre os inúmeros prêmios que recebeu destacam-se: Grande Prêmio e Prêmio Jornal Paulista da Exposição Feminina de Arte, medalhas de bronze e de prata no Salão do Grupo Seibi, diversos prêmios de aquisição, medalhas de bronze, de prata e de ouro no Salão de Artes Bunkyo, o Prêmio Shinseikai e o Prêmio Telas em Tóquio.

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