Esculturas de Antonio Spinosa: harmonia de formas, pureza das linhas e tensão espacial

Acervo Artístico
18/08/2005 15:28

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Antonio Spinosa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/spinosa.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra "Desfecho", doada ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/spinosaobra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A partir da segunda metade do século XX, certos valores, como a precisão e a exatidão que até recentemente pertenciam quase que exclusivamente à ciência e à música, entraram também a fazer parte no campo da escultura.

A exemplo de Bárbara Hepworth, conhecida escultora inglesa, Spinosa se preocupa com a ordem, o equilíbrio e a extrema simplicidade. Suas esculturas abstratas não dissipam a rica densidade de seu conteúdo, mas o condensam no aperfeiçoamento palpável de forma.

Em suas obras recentes, elaboradas em resina e pó de mármore, o escultor consegue comunicar, ao bloco que molda, uma tensão espacial. O respeito pela pureza das linhas o estimula a criar um perfil harmonioso sobre as superfícies encurvadas.

Explorando o interior da matéria e da forma, encontramos na obra desse artista tanto a abstração orgânica da forma quanto a abstração geométrica.

Graças ao aspecto harmonioso que transmitem exteriormente, suas criações plásticas se aproximam de um certo classicismo. Sob o aspecto da limpidez e da clareza, as esculturas de Spinosa se constituem num tributo à vida contemporânea, pois suas formas alcançam a purificação e uma clara luminosidade.

Em razão da posição central da abertura de sua forma, a obra "Desfecho", doada ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, possui um fundamento emotivo, perfeitamente harmonioso, resultante de uma escolha estética.

O Artista

Antonio Spinosa nasceu em 1963, na cidade de Pentecostes, no Ceará. Autodidata, iniciou-se como ajudante de desenho no escritório de arquitetura do Departamento Nacional de Obras contra Seca. Desde muito jovem demonstrou interesse pela arte e seguiu sua trajetória dedicando-se à escultura.

Participou de diversas exposições, individuais e coletivas, entre as quais se destacam: "Rio Centro", Rio de Janeiro (1981); Paço das Artes, SP (1982); "Ceará ao vivo", Curitiba, PR (1983); IX Aniversário da Galeria Gardem, Fortaleza (1984); I Salão C.M.B., Shopping Eldorado, SP (1985); "A escultura ao alcance de todos", SP (1986 e 1988); Expo Portugal, SP (1987); Salão Rotary Club de Diadema, SP (1987 e 1988); Espaço Jacaúna, Fortaleza (1989); Galeria Documenta, SP (1990); Espaço Cultural Banco Crefisul, SP; V Salão de Arquitetura, SP (1991); Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, Santos, SP; Museu da Imagem e do Som, SP; Centro Cultural Vergueiro, SP (1992); Paço das Artes, SP; Organização de Los Estados Americanos, Buenos Aires, Argentina; Fundação Mokito Okada, SP (1993); Galeria Maksoud Plaza, SP; Galeria Contém Arte, Santo André, SP (1994); Espaço Cultural do Shopping Iguatemi, SP (1995); Centro Cultural Transmontano, SP (1996); Espaço Cultural da estação Sé do Metrô, SP (1999); Studio 111, SP (2001); Espaço Café Cultura, Mogi Guaçu, SP (2002); Centro Cultural Praia de Iracema (2003).

Suas obras encontram-se em diversos acervos particulares e oficiais como o da Secretaria da Cultura de São Paulo, Centro de Negócios de São Paulo, Caixa Econômica Federal, Banco Crefisul de São Paulo, Rotary Club São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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