Museu de Arte - Leila Montalvão: desenho essencial, pintura objetiva e intensidade cromática


06/10/2009 17:46

Compartilhar:

Linhas e Cores na Dança<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/LEILAMONTALVAO-LINHASECORESNADANCA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Leila Montalvão <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/LEILA MONTALVAO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A pintura de Leila Montalvão é fruto característico de um momento de cultura onde tudo se demonstra possível, sobretudo quando apresenta o aspecto paradoxal de uma vanguarda sem limites de provocação ou, no oposto, a recuperação de uma pintura "objetiva".

A artista observa as mutações dos costumes e as hipóteses estruturais que estão na base do seu pensar: uma busca incansável de novas fronteiras do pensamento, daquele reconhecimento das coisas do mundo onde se evidenciam os sinais de uma profunda analise das motivações existenciais que formam o tecido conectivo de sua obra.

Leila Montalvão intervém no contexto das atuais correntes artísticas mediante uma linguagem realista ligada às sugestões das imagens que aparecem diariamente na atenta visão de uma sociedade sempre mais comprometida com a corrida ao consumismo.

Analisando os diversos aspectos das manifestações humanas, evidencia as suas mínimas particularidades, as sutis incongruências registrando-as sobre a tela mediante uma linha incisiva que circunscreve as figuras fixando-as ao fundo para colocá-las em plena luz.

Servindo-se de um desenho essencial, que evidencia cada elemento da composição sem se perder em inúteis preciosismos, ela consegue alcançar uma exemplificação formal sustentada pela intensidade do tom cromático e pela fusão da luz atmosférica com as cores atenuadas através dos registros de um véu transparente.

Ao observarmos a obra "Linhas e Cores na Dança", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, acreditamos ser um erro pensar que essa artista pretenda se enclausurar dentro de certos limites, mesmo se são estes a caracterizar uma fase do seu trabalho e rendendo persuasiva a sua realização.



A artista



Leila Montalvão (nome artístico de Leila Doris De Montalvão Guedes) nasceu em Belém do Pará, no ano de 1949. Atualmente reside e trabalha em Brasília. Formou-se em Ciências Contábeis e Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Pará. Cursou Teoria e História da Arte, desenho e pintura contemporânea. Recebeu diversos Prêmios de Aquisição, Menções Honrosas e Medalhas no decorrer desse anos.

Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil, na França, em Portugal, na Espanha e na Itália, destacando-se entre elas: Atelier Lourenço de Bem, Brasília - DF (1997); I e II Mostra do Grupo Contato, Brasília - DF (1998); II Salão de Artes Plásticas "Santa Fé", Goiás; Mail Art Internacional Show "Brasil 500 Years", Campinas - SP; Salão Internacional de Arte Contemporânea de São Paulo; "Terra Brasilis - Terra Papagalis" Brasília (1999); Salão dos Independentes, Paris - França; Mostra Panorama Brasil "Aceas", Barcelona - Espanha; Quinta das Cruzadas, Sintra - Portugal; XI Salão de Artes Plásticas Clube Internacional de Brasília (2000); Salão Iate Clube de Brasília - DF; Feira Internacional de Artes, Padova - Itália; Casa de Intercâmbio Cultural de São Paulo; Artistas Brasileiros nos Salões oficiais Fraanceses, Brasília (2001); IV Bienal Internacional de Roma, Itália; Gemellaggio Itália - Brasil, Palombara Sabina, Roma - Itália; Palazzo Barberini, Roma e Artistas Plásticos de Brasília Senado Federal (2002).

Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil, no exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp