Carmela Nardi se nutre de inspirações autênticas para criar uma ressonância interior

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
09/03/2007 15:52

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Carmela Nardi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Carmela Nardi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dom Quixote desvairado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Carmela Nardi - Dom Quixote desvairado.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para Kandinsky bastava a forma primaria de um quadrado ou de um circulo para encontrar uma "ressonância interior", pois a sua era uma pesquisa espiritual, alimentada de reminiscências. Entretanto para Carmela Nardi basta um aceno familiar de uma cena marcante para recriar essa ressonância interior.

Como Kandinsky buscava o eco de uma "realidade espiritual", assim a artista busca o eco de um seu "sentimento das coisas", mais diluído, mas não menos verdadeiro.

No sentido estrutural, antes mesmo de uma dimensão histórica, a obra de Carmela Nardi aparece compacta como um cristal: fruto espontâneo, agreste, mas com caracteres peculiares bem precisos e uma força vital interior.

O próprio ductus da pincelada, a matéria cromática, a sucessão dos ritmos e dos motivos transmitem - numa análise apenas superficial - quanto homogênea seja a estrutura de sua obra. Mas é aprofundando as suas fontes que se compreende o quanto a artista se nutre de inspirações autenticas.

Em "Dom Quixote desvairado", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a cor - expressão de sensualidade - prevalece sobre o desenho, índice de clareza intelectiva. Não por acaso que a artista é uma colorista feliz de uma exuberante riqueza.



A artista

Carmela Nardi, pseudônimo artístico de Carmela Prado Nardi, nasceu em Baurú, Estado de São Paulo, em 1947. Iniciou-se nas artes plásticas com a professora Angelina Messenberg e se aprimorou com o artista e professor Rodrigues Coelho. Com formação inicialmente acadêmica sua obra atual dirige-se para um figurativo abstrato.

A partir de 1982, data de sua primeira exposição individual, participou de 44 exposições nacionais e estrangeiras, destacando-se entre elas: XVIII Salão de Arte Plásticas de Franca; XLIII Salão de Belas Artes de Piracicaba; II Salão de Artes de Catanduva; XIV e XV Salão de Artes Plásticas de Ourinhos; VII Salão Brasileiro de Belas Artes de Ribeirão Preto e no grande Salão Michelangelo Pira 2000, realizado na Itália no início do novo milênio.

Entre diversos prêmios recebeu a medalha de bronze no Salão de Artes Plásticas de Jaú e a medalha de prata no Salão da Primavera de Itu (1994); medalha de prata no Salão de Artes Plásticas de Jaú (1995); Salão Citroen de São Paulo (1995 e 1996) e medalha de ouro, no V Salão de Inverno de Olímpia.

Possui obras em diversas coleções particulares e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp