André Lombardi: cromatismo forte e decisivo restauram a memória da Paulicéia

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
09/09/2008 14:56

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André Lombardi <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/AndreLombardi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Martinelli, década de 30<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/AndreLombardi Martinelli.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

André Lombardi pinta com ímpeto os aspectos e as coisas de nossa terra, entretanto, a base de sua pintura é a realidade vivida e vista através de uma pesquisa séria sobre o passado de nossas cidades.

Os seus quadros são resolvidos com espontaneidade e destreza cromática, nas quais os tons do ambiente alcançam um clima poético. Uma robusta vitalidade do desenho e da plástica, uma busca de caracteres e motivos constituem os elementos fundamentais de sua arte, paralelamente à impostação do tema e das cores da massa construtiva, que define tanto os espaços quanto as perspectivas.Lombardi realiza a maioria de seus quadros com espátula.

Trata-se de um pintor que, ao libertar-se das matrizes que tanto contribuíram na sua formação, revela a segurança de uma paleta cromática e uma sólida instalação construtiva, que sem forçar situações consegue criar atmosferas pictóricas exatas, incluindo ao mesmo tempo um sentido de autêntica poesia.

Mediante um cromatismo forte e decisivo, que torna sempre mais atraente a visão de suas sensações, André Lombardi cria uma perfeita coerência entre o elemento estilístico e sua vocação de restaurar a memória de um passado que não volta.

Ao captar aspectos da vida paulistana, como por exemplo, no quadro "Martinelli, década de 30", doado ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista evidencia sobre a tela, com aguda genialidade de mestre, a luminosidade noturna de uma Paulicéia tão decantada por Mário de Andrade.



O artista



André Lombardi nasceu em São Paulo no ano de 1959. Pintor, escultor e restaurador, iniciou suas atividades em 1977, participando de cursos de pintura e desenho. Em 1981, ingressou na Faculdade Armando Álvares Penteado, onde concluiu o curso de Artes Plásticas em 1986. No decorrer do período universitário estudou com vários artistas -- Nelson Lerner, Ubirajara Ribeiro, Vlavianos, Antônio Carelli e J. Moraes -- participando, ainda, de várias exposições coletivas no campus da FAAP. No Escritório Brasileiro de Arte estudou desenho com Zélio e Ziraldo, restauração de telas com Domingos Telechea e de papel na Biblioteca Municipal de São Paulo. Como restaurador, trabalhou obras de Pedro Alexandrino, Cícero Dias e Dario Mecatti. Em 1986, passou a lecionar na Escola Artmix. No ano seguinte ingressou na Casa e Jardim, onde até hoje leciona desenho, escultura e pintura.

Durante esse período também lecionou nos seguintes espaços: Chaumin de Arte, Atelier Lucila Venery e Vila Galeria de Arte. Seguindo uma linha acadêmica expôs na Galeria Simas; na Assembléia Legislativa de São Paulo e na Caixa Econômica Federal. A partir de 1990 expôs em vários salões de arte, entre os quais: Salão de Taubaté; Sociedade Esportiva Palmeiras; I Encontro de Arte de Campinas; Leilão de Arte de Agosto; Galeria Sérgio Longo; Galeria Simas; Galeria Conexão; Leilão de Arte Carlos Eduardo e duas individuais, em seus ateliers de Vinhedo e de São Paulo.

O artista que trabalha e leciona em seu atelier em Vinhedo, está catalogado nos volumes do Júlio Louzada e foi membro de vários salões de arte como jurado, entre os quais: Cofrart I; Selart I; Salão de Arte de Vinhedo; e Casa e Jardim. Suas obras fazem parte de coleções particulares e oficiais em vários países da Europa, nos Estados Unidos e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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