Museu de Arte: Val Santinho: uma voz pictórica em defesa das nações indígenas


05/08/2009 15:47

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Obra da série Xingu<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/val santinho (2 of 2).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Val Santinho <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/FOTO DA ARTISTA VAL SANTINHO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra da série Xingu<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/val santinho (1 of 2).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O valor da pintura de Val Santinho esta, sobretudo naquela parte mais íntima e mais escondida, mais precisa e mais sincera que a artista elabora.



Sua pintura é forte, suas cores são acesas e profundamente harmônicas. Operando um expressionismo individual, concebido na liberdade da própria paixão e no empenho do próprio tema, ela transmite uma mensagem imediata e eficaz.



Além de uma excelente pintura, suas obras com temática indígena constituem um grito verdadeiro e independente. Com pinceladas encorpadas e um desenho movimentado, ela narra o tema escolhido, no caso sobre o modus vivendi dos verdadeiros donos da terra.



Tanto suas figuras quanto sua paisagem possuem cores de sustentação. A artista obedece a um critério de correspondências e progressões da luz. O quadro pintado vivifica, num fervor de estrutura que não basta a si própria.

Sua premissa tonal, aparentemente esquematizada, se enriquece de timbres imprevisíveis.



Optando por um realismo onde vê tudo que a cerca, Val Santinho exprime com sua paleta a beleza incomparável da natureza e dos seres que a atraem profundamente.

Artista completa, não faz concessões à sua habilidade.



Constrói as figuras com sobriedade e as enriquece de um cromatismo denso, transformando-as em corpos vivos, móveis, que respiram. Sensível aos eternos reclamos de nossos indígenas, participa de seus rituais com sua intuição feminina.



As obras Os verdadeiros donos da Terra, da série Xingu, e Abaeté, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, são testemunhos de sua criatividade pictórica. Moderna, atenta e disponível à participação ativa, Val Santinho empenha-se em ser mais uma voz em defesa dessas nações, usando a pintura para tal fim.



A artista



Val Santinho nasceu em São Paulo em 1950. Realizou cursos de desenho e técnicas de "Pinturas no Brasil no Século XIX e Pintores Vaiantes", na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.



Participou de diversas exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, destacando-se entre elas: "Brazilian Art in Washington, Mostra de Retorno", SP (1998); "Vera Cruz, Um Sonho Paulista", Museu Brasileiro da Escultura, SP; "Energia Cristal", Grupo dos Nove, Galeria Sérgio Longo, SP (1999); "Tendências da Arte", Nini Barontini Galeria, Curitiba, PR; "Brasil 500 Anos", Parque do Ibirapuera, SP (2000); The American School, SP (2001); "São Paulo 450 Anos", Abach, Casa da Fazenda do Morumbi, SP; "Brazilian Art in Washington", Estados Unidos (1997); Salón Figuration, Critique Paris, França; "Le Corps et son Mouvement", Galerie Everarts, Paris, França (1998); Salon Figuration Critique, Sintra, Portugal; Salon des Indépendants, Espace Eiffel Branly e Projeto Brasil Contemporâneo, Espace Richelieu, Paris, França; World Trade Center, México; 5º Salón Internacional de Barcelona, Espaço Acea, Barcelona, Espanha (1999); "Carnaval Brasil", Ministère des Economies et Finances, Paris, França; Projeto Brasil Contemporâneo "Quinta das Cruzadas", Sintra, Portugal (2000); "Amazônia", Berliz'Arte, Lisboa, Portugal (2001); 1ª Rassegna Internazionale D'Arte, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Castelo Piccolomini, Celano, Itália; "Made in Brazil", United States District Court, Maryland, Estados Unidos; Punto D'Incontro, Rassegna Internazionale, D´Arte, Poesia e Música, Palazzo Principi Pignatelli, Roma, Itália (2002); Biennale Internazionale de Florença e Biennale Internazionale de Roma, Itália (2002 e 2004).



Realizou ainda exposições individuais no Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal, SP (1995); Arte na Rampa, Prodam no Ibirapuera, SP (2000); Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba, "Simplesmente Mulher" (Fundacc) (2001); "Um Toque de Mulher", Tênis Clube Paulista, SP (2003).



Val Santinho recebeu diversos prêmios, menções honrosas, troféus, medalhas de bronze, prata e ouro, e suas obras encontram-se em coleções particulares no Brasil, no exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp