Augusto Higa: manifestação sincera de um espírito profundamente humano

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
11/12/2006 15:27

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Afeto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/obra - afeto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Augusto Higa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AugustoHiga III.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Pausa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/obra - pausa.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A pintura de Augusto Higa reflete ansiedade, inquietação e uma luta contínua em direção à anulação das formas e sua simplificação. A atitude de estilizar as figuras, cuja inércia plástica introduz uma leve esperança na visão pessimista da vida, está na sua base pictórica. Com efeito, o artista pesquisa nos confins do irracional sobre a realidade que o cerca. Com toda sua carga de vida, estabelece uma dura luta contra o condicionamento e contra qualquer tipo de submissão.



Seu processo criativo e a realidade de toda a forma vital abrem espaços indefinidos sobre os quais impõe uma nova visão da matéria, numa realidade que não pertence mais ao mundo sensorial.



A fantasia de Augusto Higa possui contrapontos informais, descargas de traços fortes e até mesmo chamas luminosas que se fundem no perfil psicológico social do ser humano, seja ele superado, imaginário ou vivo. Trata-se de uma missão benéfica, mais ou menos fenomênica, que, incisivamente, reproduz o ritmo de um produto humano solitário.



A pincelada larga e o traço robusto de sua espátula conduzem a massa cromática, sóbria, mas reavivada aqui e acolá por jatos fortes e brilhantes, a justas relações luminosas e de cores. Sua pintura é séria, longe de todo e qualquer excesso, mantida sob severo controle numa manifestação evidentemente sincera de um espírito apaixonado e profundamente humano.



Sob a cor das obras Pausa e Afeto, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, existe um desenho robusto e sensível que sustenta o todo, onde um certo sabor expressionista e o equilíbrio da composição alcançam um feliz resultado.



O artista



Augusto Higa, pseudônimo artístico de Augusto Taishin Higa, nasceu em São Paulo, em 1934. Cursou artes plásticas (1956 a 1964) e modelo vivo (1958 a 1967) na Associação Paulista de Belas Artes; artes plásticas e história da arte na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) (1964 a 1968); propaganda e comunicação na Escola Superior de Propaganda e Marketing; crítica e análise na Galeria Mali Villas-Bôas e Espaço Contemporâneo, com Antônio Peticov.

Participou de inúmeras exposições, destacando-se entre elas: Museu de Arte, Rio de Janeiro (1958); Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (1959); Salão de Arte Contemporânea (1960); Salão Almeida Júnior (1962); Salão de Artes Plásticas Piragibe Nogueira "S.P.F.C."; 18º Salão de Artes Plásticas de Rio Claro (1999); 1º Salão de Agulhas Negras; 1º Salão Panathlon, no E.C. Espéria (2000); 52º Salão Paulista de Belas Artes; 1º Salão de Pintura Figurativa Contemporânea da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa; 30º Salão de Arte Contemporânea Bunkyo; Galeria Mali Villas-Bôas (2001); Espaço Cultural dos Artistas Plásticos dos Omáguas (2000-2002); "Universo Feminino", na Universidade Santo Amaro (2002); e 3º Salão de Pintura Figurativa Bunkyo.

Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil e no exterior e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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