A perspectiva de crescimento econômico da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) vai demandar muito mais que obras de infraestrutura. Se de um lado a região deve receber mais investimentos na atividade portuária e na indústria do petróleo e gás, existe também a preocupação de que os novos empreendimentos possam trazer o agravamento dos serviços públicos, como nas áreas da saúde, transporte, trânsito e educação, por exemplo. O assunto foi discutido, no dia 11/3, no Seminário Baixada em Ação 2010 - Crescimento com Sustentabilidade, organizado pela Prefeitura de Santos, Instituto Metropolitano de Pesquisas Acadêmicas e Consultoria Técnico Operacional (Impacto) e Associação Comercial de Santos (ACS), onde foram realizadas as palestras e debates mediados por reitores de universidades e centros universitários da região. O evento foi aberto pelo governador José Serra e contou com a presença dos secretários estaduais da Habitação, Lair Krähenbühl, Saneamento e Energia, Dilma Penna, e Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella. O secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, foi representado pelo adjunto, Nilson Ferraz Páscoa. "A Baixada Santista é uma região cada vez mais importante. Não apenas, embora seja relevante, no turismo, no balneário, mas também no porto, na atividade portuária e acima de tudo, nos próximos anos, com relação ao petróleo que existe na costa de São Paulo e que terá um impacto muito grande na região da Baixada. Esse impacto se não for bem abordado com antecipação pode vir a ser negativo", afirmou o governador José Serra. Para o deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), a abordagem antecipada, proposta pelo governador, deve ser feita pelo poder púbico (governos estadual, federal e municipal) em parceria com as universidades. O diagnóstico deve considerar as obras em andamento, como o trecho Sul do Rodoanel e os projetos que serão licitados ainda este ano: Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e ponte Santos-Guarujá. "Hoje, temos perspectivas bastante positivas, mas devemos avaliar todos os impactos desse crescimento, para não repetir os mesmos erros de Macaé, no Rio de Janeiro. A cidade teve uma arrecadação bilionária com os royalties do petróleo, mas, em contrapartida, registrou aumento da violência e das desigualdades sociais", alertou Paulo Alexandre, que propôs a realização do levantamento com apoio do Instituto Impacto. pabarbosa@al.sp.gov.br