Tráfico e exploração de meninas é tema na CPI da Pedofilia


11/06/2010 18:04

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Priscila e José Bruno: CPI vai avaliar ligação entre desaparecimentos e pedofilia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2010/JOSEBRUNOCPIPED.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em reunião informal realizada em 8/6, a CPI da Pedofilia, presidida pelo deputado José Bruno (DEM), ouviu o depoimento da jornalista e coordenadora da ONG Serviço Contra o Tráfico de Mulheres e Meninas, Priscila Siqueira.

A jornalista falou sobre a magnitude do problema e compartilhou dados da Unicef que constatam que desde o final do século 20, cerca de 1 milhão de pessoas desaparecem por ano no mundo, vítimas da exploração sexual ou do tráfico de órgãos. Ela citou o pensador alemão Karl Marx, afirmando que no "capitalismo tudo é mercadoria".

Para Priscila, é preciso verificar individualmente as causas do problema, que em sua maioria são defasagens socioeconômicas e culturais, como em Barra do Turvo, no sul de São Paulo. O município apresenta, segundo ela, o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado e a prostituição infantil é consequência da dificuldade econômica da região, que afeta centenas de famílias.

Das denúncias feitas por Priscila, duas envolvem a exploração sexual de meninas nas petroleiras e em rodovias como a BR-116, onde crianças de dez anos fazem programas. "O problema está debaixo do nosso nariz, mas há uma naturalização da exploração", ela avaliou.

Outro aspecto abordado por Priscila Siqueira foi a desigualdade econômica no Brasil. Para ela, problemas como o verificado em Barra do Turvo, por exemplo, só poderão ser enfrentados quando a situação socioeconômica for resolvida.

José Bruno considerou a presença da coordenadora da ONG de extrema importância na CPI, já que existem indícios da ligação entre desaparecimentos e pedofilia.



josebruno@al.sp.gov.br

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