Guido Cerri defende regionalização para melhorar atendimento à saúde


08/06/2011 20:34

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José de Camargo Teixeira, Guido Cerri e Marcos Martins: envelhecimento da população faz crescer a demanda por serviços de saúde <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/ComSaude35.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Comissão de Saúde <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/ComSaude4.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão de Saúde recebeu nesta terça-feira, 7/6, o secretário estadual da Saúde, Guido Cerri, que veio apresentar metas, programas e ações de sua pasta. Antes da exposição do secretário, sob a presidência de Marcos Martins (PT), os deputados elegeram a deputada Analice Fernandes (PSDB) vice-presidente da comissão. O secretário-adjunto da Saúde, José Manoel de Camargo Teixeira, também participou da reunião.

Uma das preocupações na secretaria, segundo Cerri, é a enorme demanda da sociedade por qualidade nos serviços de saúde. Para o secretário, a regionalização desse atendimento é fundamental para um planejamento mais adequado. A regionalização já faz parte do sistema de saúde, mas "é necessária uma implementação mais robusta num Estado de dimensão e adensamento populacional como São Paulo", disse o secretário. A regionalização permitiria organizar o sistema, de forma a evitar que pacientes precisem se deslocar a outros municípios na busca de atendimento na especialidade necessária. Além disso, essa regionalização possibilitaria aos pacientes de oncologia acompanhamento próximo de suas residências.

O secretário lembrou que o envelhecimento da população gera uma tendência de aumento da demanda por atendimento em saúde, e destacou também a importância da humanização no atendimento, para que se estabeleça uma relação de confiança entre médico e paciente. A informatização também é fundamental, uma vez que permite, de acordo com Cerri, transparência do sistema e facilidade de acesso ao usuário, com custos minimizados.



Durante a reunião da Comissão de Saúde, nesta terça-feira, 7/6, Guido Cerri informou que a Secretaria da Saúde deverá estabelecer políticas para o tratamento de dependentes de álcool e drogas, aliado a um trabalho de prevenção junto aos jovens, a ser desenvolvido nas escolas, em conjunto com a Secretaria da Educação. Deve ser implantada também uma rede para o tratamento de dependentes químicos e para o esclarecimento de estudantes. Pesquisas realizadas pela secretaria revelaram que a sociedade também está preocupada com o tratamento dispensado aos doentes mentais e locais para sua internação.

A situação das santas casas no Estado, a maioria delas deficitária, foi outro tema abordado. Essas entidades filantrópicas são responsáveis por 50% do atendimento no Estado e recebem verbas das três esferas de governo, fato que reforça a necessidade da gestão de recursos em conjunto.

Gerson Bittencourt (PT) convidou o secretário para acompanhar uma reunião em 28/6, às 10h, da frente parlamentar que investiga o funcionamento das santas casas, que Bittencourt integra. O deputado disse que a próxima atividade da frente será sugerir melhorias para a inadimplência das santas casas.



Outras iniciativas



A pedido do deputado Gondim, foi aprovada uma visita para verificação das condições da UTI neonatal de um hospital em Suzano, onde houve a morte de recém-nascidos. A visita será no dia 17/6, às 11h.

Após a exposição do secretário, os deputados ainda apresentaram algumas dúvidas, que serão esclarecidas pelo secretário por escrito.

Para as futuras reuniões da comissão deverão ser convidados o coordenador do grupo de trabalho para modelo de gestão da Secretaria de Saúde e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Estiveram presentes também os deputados Carlos Bezerra, Pedro Tobias e Celso Giglio, do PSDB, Telma de Souza, Gerson Bittencourt, Edinho Silva e Adriano Diogo, do PT, Milton Vieira (DEM), Heroilma Tavares (PTB), Ulysses Tassinari (PV), Luiz Carlos Gondim (PPS) e Itamar Borges (PMDB).

alesp