Íria Galgano pinta paisagens como um grito de alerta para preservar a natureza

Acervo Artístico
02/09/2005 15:28

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  Íria Galgano <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Iria.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Obra In Natura Rosso<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Iria In Natura Rosso.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Na história da arte contemporânea os mitos se sucedem com uma cadência ligada às explosões do pensamento humano, aos acontecimentos sociais e culturais de uma nação. Entretanto, os valores essenciais de uma arte como a de Íria Galgano se tornam testemunho de uma operosidade repleta de significativos momentos evocativos.

Sua intensa atividade criativa se baseia numa pesquisa pictórica, na qual se fundem os sentimentos mais profundos de um artista que elaborou uma linguagem tipicamente figurativa envolvida de episódios e de fatos existenciais.

Suas telas nos aparecem concebidas segundo uma precisa estrutura, segundo um comum relacionamento entre o gesto criativo e a intuição, entre a representação e a análise da realidade que nos circunda.

A artista não se limita em considerar os aspectos negativos da existência humana. Reivindica para si a possibilidade de recuperação dos valores existenciais que formam o tecido da vida. Consegue realizar obras intimamente poéticas, onde a paisagem monocolor, mas de textura profundamente realística se torna o símbolo de uma análise psicológica que nos parece o ponto alto de sua pintura.

Afastando-se dos dogmas dos mestres do passado, Íria Galgano transmite o seu amor pela natureza pintando-a de forma bem pessoal e com uma expressão muito feliz.

Na obra "In Natura Rosso", doada ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento Paulista, sua cor avermelhada revela uma paisagem viva, forte e quase incandescente. Embora a artista faça questão de esclarecer que não registra a destruição da natureza, mas deseja propiciar ao observador contemplar e questionar o mundo real, acreditamos que ela seja, também, um grito de alerta aos povos da Terra para que a preservem nesse novo milênio.

A Artista

Íria Galgano nasceu na cidade de São Paulo, em 1948, onde reside e desenvolve seus trabalhos até hoje. Formou-se pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo em Desenho, Artes Plásticas e Educação Artística.

No período de formação recebeu orientação de artistas renomados como: Paim Vieira, Fang, João Rossi e Caciporé Torres. Durante mais de 15 anos, desenvolveu trabalho de Arte Educadora, no ensino público e particular de São Paulo.

Participou de diversas exposições nacionais e internacionais, entre as quais destaca-se: Salon des Indépendents " Grand Palais des Champs-Elysées " Paris, França (2000); Feira Internazionale d´Arte, Padova, Itália (2001); IV Biennale Internazionale di Roma " Sala del Bramante " Itália (2002); Prêmio Primavera " Palazzo Barberini " Roma (2002); e I Triennale Internationale d´Art Contemporain " Toit de la Grande Arche, Paris, França (2002).

Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais, com destaque no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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