Eduardo Garofalo: a tensão do homem moderno entre o humor e o fantasmagórico


10/04/2008 09:02

Compartilhar:

Eduardo Garofalo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/eduardo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Figura<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/Obra Figura eduardo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Eduardo Garofalo se move nas regiões obscuras do ser onde o homem confusamente adverte a inelutalibidade do sofrimento e aceita corajosamente com um abandono sentimental justificado e confortado por uma profunda religiosidade. O jovem artista atravessa uma profunda fase evolutiva na qual tomam vulto e consistência o seu mundo poético e a sua autonomia profunda. Sua cor é forte e essencial, nada cede ao embelezamento gratuito, à mera retórica, ao superficial.

O seu chamamento é só e diretamente uma contribuição expressiva aos vultos e às formas. E o resultado é uma figura sofrida, certamente coerente com os tempos que exprimem homens tensos, neuróticos, na busca de uma serenidade longínqua, de um equilíbrio espiritual sempre mais difícil.

O artista engajou-se num frutífero dialogo com símbolos: onirismo, sonhos, sensualidade espiritual e esoterismo. Ele pinta como respira, em êxtases sucessivos que não têm nada de metafísicas iluminações. Garofalo impregna nas suas telas as visões que escapam à nossa miopia intelectual.

Sua faculdade de criar se renova a cada dia, sem se renegar, pois crê permanentemente no fantástico e na reflexão de sua fantasia. O observador se surpreende pela espontaneidade e com sua pincelada veloz. Em "Figura", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Eduardo Garofalo envolvido por seus fantasmas anima a superfície de suas telas criando uma pintura que está entre o humor e o fantasmagórico.



O artista

Eduardo Garofalo, pseudônimo artístico de Eduardo da Silva Garofalo, nasceu em São Paulo em 1971. Vive em Guarulhos, onde instalou seu atelier. Está cursando atualmente a Faculdade Paulista de Artes. Iniciou suas atividades artísticas em 1998, a partir do que vem se dedicando ao desenho, a pintura e monotipia tanto em tela quanto em papel.

Participou de quatros exposições coletivas e uma individual: "Desenhos no Mapa Cultural Paulista", Centro Permenente de Exposições, Guarulhos, SP; "Retratos a Mão Livre no Calderão das Artes", Espaço Cultural da Universidade Mackenzie, SP (2000); "Desenhos", Espaço Cultural do Centro Universitário Maria Antonia, USP, SP (2001); "Nus de Modelo Vivo", Espaço Cultural da Faculdade Paulista de Artes, SP; e "A Figura Humana", Casa de Cultura da Penha, SP (2002).

Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp