Trabalhadores rurais de Itapetininga apresentam denúncias


09/11/2009 17:57

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Reunião na Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/HAMILTONPEREIRADENUNCIAS2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Denúncias sobre a má utilização de terras públicas no município de Itapetininga foram apresentadas, no dia 3/11, ao secretário de Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, e ao diretor executivo do Itesp, Gustavo Ungaro. As denúncias foram apresentadas pelo presidente do Sindicato dos Empregados Rurais de Itapetininga, Anivaldo Ribeiro Dutra, durante audiência intermediada pelo deputado Hamilton Pereira (PT).

Segundo Anivaldo, uma grande área anexa ao Peco (Posto Experimental de Criação de Ovinos) está sendo arrendada para plantio de cana de açúcar. "São 180 hectares e não vimos sair um pé sequer daquela cana para uso experimental", afirmou Anivaldo. O sindicalista chegou a entregar ao diretor do Itesp uma cópia do contrato de arrendamento da área.

Outra denúncia refere-se a uma área do próprio Peco, anteriormente negada aos trabalhadores por estar destinada ao desenvolvimento de projeto experimental. Segundo Gustavo Ungaro, na ocasião da vistoria do Itesp foi constatado que parte da área apresentava "aspecto de abandono". Todavia, a Secretaria de Agricultura alegou que o local ainda seria ocupado pelos experimentos.

Anivaldo apresentou fotos ao diretor da Fundação, comprovando que a área continua abandonada. Uma cópia do processo que tramita no Itesp desde 2005 a respeito da área ocupada por 23 famílias no bairro de Capão Alto foi requerida pelo deputado Hamilton para que providências possam ser tomadas junto à Secretaria da Agricultura, à qual está ligado o Peco.

Alertado por Ungaro de que o Itesp não pode sustentar a situação das famílias que invadiram uma Área de Reserva Ambiental, Anivaldo Dutra denunciou que esgoto in natura tem sido despejado pela unidade prisional "Jairo de Almeida Bueno" num córrego que corta a área. "Já sofremos a terceira ação de reintegração de posse e não temos mais para onde ir", protestou o sindicalista.

O diretor do Itesp se comprometeu a apurar todas as denúncias. "Estamos num momento muito crítico. A área de reserva foi nossa última opção e, mesmo assim, está cheia de lixo. Estamos dispostos a restaurá-la em troca de podermos permanecer lá até o final do processo."



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