Educação física não é esporte, diz médico da USP

Simpósio de Capacitação e Gestão Esportiva
30/11/2005 20:24

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 Simpósio de Capacitação e Gestão Esportiva <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Simpesp1 publico.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Heldio Fortunato Gaspar de Freitas, médico do Centro de Práticas Esportivas da USP<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Simpesp2 heldio fortunato beto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Guilmar Mariz de Oliveira, doutor em Educação Física e ex-diretor da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Simpesp2 jose guilmar beto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Dando continuidade ao Simpósio de Capacitação e Gestão Esportiva, Heldio Fortunato Gaspar de Freitas, médico do Centro de Práticas Esportivas da USP e da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo, abordou o tema da medicina esportiva. Para ele, é necessária uma ação preventiva do médico junto com o profissional de educação física no sentido de esclarecer à população algumas normas da prática esportiva. Sobre a portaria editada em 30/08/04, que dispõe sobre normas técnicas dessa prática, declarou o médico: "no ano passado, uma portaria da Secretaria Municipal de Saúde aboliu a obrigatoriedade do exame médico para aqueles que freqüentavam as instalações dos clubes esportivos, como piscinas e quadras de futebol, tênis etc " o que é inadmissível. Como ninguém lê o Diário Oficial do Município, e quem lê não entende, continuo a fazer exames médicos para os interessados nas práticas esportivas".

Gaspar de Freitas falou sobre a educação comportamental para se evitar a contaminação pela falta de higiene, dando como exemplo o caso de várias atletas que foram infectadas por micoses por sentarem em toalhas molhadas, depois que haviam sido guardadas em armários nos vestiários. "O esclarecimento de regras básicas pode evitar o aparecimento de várias enfermidades", finalizou.



José Guilmar Mariz de Oliveira, doutor em Educação Física e ex-diretor da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo, questionou o conceito de educação física. "Tem de haver uma distinção clara entre esporte e educação física. A característica da educação física é o movimento humano, voluntário e intencional, que é uma conduta motória - é o mover-se. Esporte é competição", definiu. "Como o termo educação física também é errôneo, refiro-me à matéria como Cinesiologia Humana". Para Oliveira, num curso de cinesiologia o aluno estuda estrutura potencial, habilidades para se movimentar e o relacionamento com o ambiente físico e social. "Outra teoria difundida é que esporte é saúde. Esporte não é saúde, que o digam Mohamed Ali, Hortência e outros". Declarou ainda que saúde, lazer e educação física são dever do Estado, mas o esporte não, e que atualmente, devido à mudança de visão dos educadores, há duas faculdades diferentes na USP, uma de Educação Física e outra de Esporte.

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