Eduarda Duvivier: esculturas expressivas em correspondência com sentimentos e sensações

Museu de arte do Parlamento de São Paulo
26/09/2005 19:09

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Escultura "O Prazer", realiza em pó de mármore e resina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eduarda Duvivier - Prazer.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Eduarda Duvivier<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eduarda Duvivier.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cabeça em bronze de "José Antonio de Almeida Prado"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eduarda Duvivier - Almeida Prado.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A escultora Eduarda Duvivier deu-se como missão colher atos que fazem intuir as relações e o quanto a excitação sensorial provoca nos sentimentos, alcançando paralelamente um equilíbrio entre a expressão subjetiva e a interpretação realística.

Num sutil desenho impressionista que infunde idéias intuitivas de modernidade e sobriedade, emerge de suas esculturas um vivo sentido de sensualidade, tanto pela dinâmica dos ritmos, quanto nos plenos e nos vazios da matéria tratada.

Embora utilize o bronze e o acrílico, a matéria preferida de Eduarda Duvivier é o pó de mármore com resina, pois é na moldagem que consegue ser mais completa e tocante nas suas peregrinações poéticas e plásticas, onde reinventa o homem e a mulher, e em conseqüência, o amor e o prazer.

O naturalismo é evidente em suas obras. Eduarda Duvivier coloca em relevo a estrutura monolítica do casal, o mesmo ritmo e cadência entre as duas figuras. Sob o mesmo prisma emocional, encontramos a fluidez da linha que liga os protótipos modelados. Nas figuras entrelaçadas a intersecção das formas cria uma participação bem dosada.

Tal é a simetria dos plenos e dos vazios, que as duas figuras se nos parecem uma única. Um todo arredondado, onde as linhas e curvas delimitam e fecham num único espaço, as duas formas. A atração pelos seres humanos é tratada de modo sincero, repleto de sensualidade.

Duas de suas obras escultóricas fazem parte do Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. Enquanto a cabeça em bronze de "José Antonio de Almeida Prado" não é necessariamente definida com nitidez, ela traduz em forma expressiva a imagem interior captada do consagrado compositor paulista. Por outro lado, a escultura "O Prazer", realiza em pó de mármore e resina, sua modelagem, límpida e bem constituída, reúne sentimentos antigos, evocados de forma harmoniosa. Trata-se de trabalhos preciosos que buscam uma certa pureza de estilo com plena correspondência na área do sentimento e das sensações.



A Artista

Eduarda Duvivier nasceu no Rio de Janeiro, em 1946. Desde muito jovem freqüentou em Petrópolis o atelier de pintura e escultura de seus pais, Edgard Duvivier e de Ivna Mendes de Moares Duvivier. Cursou arquitetura na Faculdade Nacional de Arquitetura do Rio de Janeiro e na Faculdade Nacional de Brasília entre 1967 e 1971. Realizou um curso de pintura e outro de arquitetura americana no Cambridge Center of Adult Education em Boston, Estados Unidos.

Pintora, figurinista e escultora, nesta ultima modalidade trabalha em bronze, acrílico e resina com pó de mármore.

Realizou diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: Hobby Sport Club, São Paulo (1982); Delfin Galeria, São Paulo (1983); Bar Avenida, São Paulo (1984); "O Bicho em 5 Visões", Galeria Barcellos, São Paulo (1998); Espaço Cultural Amsterdã Café, São Paulo (2002); Espaço Cultural do Shopping Cassino Atlântico; "Releitura do Chapéu oriental", Spiro Livraria; Centro Cultural de Osasco (2003).

Está catalogada no Anuário "Artes e Artistas" vol. 2002/2003 e foi selecionada para o livro de arte "Itália-Brasil, Arte 2005", da Galeria Spazio Surreale e do Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico. Possui obras em importantes acervos particulares e oficiais, com destaque no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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