Borba Gato guarda a entrada do bairro de Santo Amaro


22/07/2008 18:22

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Localizado na confluência das avenidas Santo Amaro e Adolfo Pinheiro, está um monumento polêmico - uns gostam, outros detestam - mas que é o marco daquela região da zona sul da Capital. Obra do escultor Júlio Guerra (1912-2001), que nasceu no bairro, a homenagem ao bandeirante Borba Gato foi inaugurada em 1963, nas comemorações do IV Centenário de Santo Amaro.

A estátua de concreto, que demorou seis anos para ser construída, tem dez metros de altura e estrutura feita com trilhos de bonde. É revestida por basalto e mármore, o que a classifica como mosaico tridimensional, já que os diversos tipos de pedras definem as feições e o vestuário de Borba Gato. O monumento pesa 20 toneladas, sendo que só a cabeça, que foi a parte mais difícil de ser colocada por ter sido necessário içá-la por mais de dez metros de altura, tem três toneladas.

Considerado um dos cartões-postais de São Paulo, a estátua de Borba Gato suscita polêmica primeiramente por questões estéticas. Em segundo lugar, pela trajetória do bandeirante Manuel de Borba Gato, nascido em 1649 no bairro de Santo Amaro, que levanta discussões.



Biografia



Borba Gato foi genro do também bandeirante Fernão Dias, com quem saiu em expedição em 1674 com a finalidade de alcançar Sabarabuçu, o Eldorado, em busca, por sete anos, de jazidas de esmeraldas e prata. Fernão Dias morreu em 1681 e Borba Gato prosseguiu adiante e acabou achando o ouro.

Entre 1682 e 1700, Borba Gato ficou foragido nos sertões de Minas Gerais e São Paulo acusado de ter assassinado o administrador-geral das minas D. Rodrigo de Castel Blanco. O perdão real pelo crime veio em 1700, quando Gato foi nomeado guarda-mor do distrito de rio das Velhas (atual Sabará/MG).

Borba Gato foi o líder dos paulistas na Guerra dos Emboabas (1707-1709) travada pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro, na região de Minas Gerais. Ela contrapôs os paulistas, que haviam descoberto a região das minas e que por esta razão reclamavam a exclusividade de explorá-las, com os portugueses e imigrantes das demais partes dos Brasil atraídos à região pela febre do ouro. Os paulistas perderam o conflito, em função da intervenção do governador do Rio de Janeiro, e o direito de exploração do ouro passou à Coroa portuguesa.

Borba Gato ainda ocupou por várias vezes a Superintendência Geral das Minas. Faleceu em 1717, quando exercia o cargo de juiz ordinário na Vila Real de Sabará (MG), com cerca de 90 anos de idade.

alesp